A irritabilidade, classificada como uma baixa tolerância a incômodos e em reações exageradas a estímulos, pode ser um dos sintomas da ansiedade. Um quadro de ansiedade é classificado de diferentes formas, dependendo dos sintomas envolvidos e da intensidade dos mesmos. Em alguns casos, a ansiedade surge como uma resposta normal do organismo a algum estímulo, mas ela também pode se manifestar sem causa aparente, configurando um transtorno. Seus graus vão do leve, passando pelo moderado, até o grave.
O que é irritabilidade?
A irritabilidade é um sintoma vinculado a uma série de doenças, transtornos e situações. Em alguns casos, inclusive, é perfeitamente normal ficar irritado, dentro de um limite razoável, diante de estímulos estressantes do dia a dia.
A irritabilidade pode estar vinculada a uma série de causas, como distúrbios do sono, dor de cabeça, crise de abstinência (de cigarro, bebidas alcoólicas, etc.), síndrome de burnout, além, é claro, da ansiedade.
Irritabilidade nos quadros de ansiedade
“No transtorno de ansiedade generalizada (TAG), em que os sintomas são mais intensos, a irritabilidade é um elemento presente. Isso não quer diz que a irritabilidade não possa estar presente diante de um transtorno de ansiedade leve ou moderada, por exemplo, mas nesse caso ela não será um sintoma específico, então sua relevância para o diagnóstico diminui”, explica o psiquiatra Marcelo Calcagno.
O médico cita também a fobia específica e o transtorno de ansiedade social (TAS), variações da ansiedade que podem gerar alguma irritação, além de outros sintomas. “Em crianças, o medo ou ansiedade pode ser expresso por choro, ataques de raiva, imobilidade ou comportamento de agarrar-se. No TAS, pode ocorrer ainda com as crianças se encolhendo ou fracassando em falar em situações sociais”, explica Calcagno.
Métodos para controlar os sintomas da ansiedade
De acordo com o psiquiatra, os sintomas da ansiedade leve e moderada podem ser controlados pelos pacientes por meio de técnicas de respiração e relaxamento. “A terapia cognitivo comportamental, em particular, possui técnicas específicas para cada transtorno de ansiedade, tendo importância especial. Mas não é a única a ser utilizada”, afirma.
O especialista ressalta que os sintomas da ansiedade dependem sempre do tipo de ansiedade em questão, mas que há sinais comuns à maioria dos quadros. “Em geral, há a própria sensação de ansiedade, medo e tentativa de esquiva da situação que gera a ansiedade. Mas há vários outros critérios para cada transtorno de ansiedade”, completa Calcagno.
Foto: Shutterstock