A insônia é caracterizada pela dificuldade de começar a dormir ou de manter o sono, o que pode ser agravado caso ela seja crônica. Neste caso específico, o problema dura por um período de tempo maior do que o normal. Muitos fatores podem causar a insônia e a identificação dos seus sinais deve ser feita com base nas três formas que ela ocorre.
“O problema pode ocorrer de três formas. A chamada inicial faz com que a pessoa tenha dificuldades para pegar no sono, a intermediária é responsável pelo sono interrompido de forma constante e a insônia terminal provoca o despertar muito antes da hora de acordar”, explica o neurologista Shigueo Yonekura.
Sinais e principais causas da insônia
Em função da noite mal dormida, um indivíduo com insônia acaba tendo problemas como cansaço ou sonolência diurna, irritabilidade (o que pode se desenvolver até mesmo para depressão ou ansiedade), dificuldade para prestar atenção e lembrar das coisas, dor de cabeça e problemas gastrointestinais.
Dentre as principais causas da insônia, destacam-se os quadros de estresse e ansiedade. “Idade avançada, problemas de ordem cardiopulmonar, doenças neurológicas e reumáticas, apneia do sono, mioclonia noturna (contrações musculares involuntárias nas perna), doenças com dor crônica (reumatismos, fibromialgia), também estão associados ao aumento do risco de insônia”, afirma o médico.
Hábitos que devem ser evitados e tratamento da insônia
Alguns hábitos também podem contribuir para causar ou piorar o problema com o sono. O consumo de álcool, cigarro e café, horários irregulares de dormir, ambiente desconfortável para dormir e com muito ruído, medicamentos estimulantes e a prática de exercícios físicos antes de dormir são exemplos.
O tratamento da insônia varia de acordo com o caso, com o que a provocou, mas, em geral, pode ser comportamental, medicamentoso e feito com psicoterapia. Em alguns casos, mudanças simples no estilo de vida podem ajudar a combatê-la. “Ir para a cama no mesmo horário todas as noites, evitar álcool, não exagerar em café e refrigerante, não levar problemas para a cama, fazer atividades relaxantes antes de dormir e evitar fazer exercícios físicos perto da hora de deitar são medidas importantes nesse sentido”.
Perigos da insônia e fatores de risco
Normalmente, as consequências das noites em claro variam, podendo ir desde irritabilidade ou mau humor passageiro até dificuldade em relacionamentos. “Com o tempo, no entanto, a insônia pode também trazer efeitos perigos, afetando a circulação sanguínea e o coração. O problema pode se relacionar ainda com a depressão, visto que cerca de 20% das pessoas que têm insônia crônica desenvolve o transtorno psicológico”.
A depressão também pode ser um fator de risco para o desenvolvimento de insônia, assim como outros distúrbios de saúde mental (ansiedade, transtorno bipolar, transtorno de estresse pós-traumático). Além disso, pessoas do sexo feminino e acima dos 60 anos costumam ser mais propensas ao desenvolvimento. No caso das mulheres, isso se deve às mudanças hormonais durante o ciclo menstrual, menopausa e gravidez.
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