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    Hipertensão: Quanto tempo os remédios demoram para controlar efeitos da doença?

    Coração
    Meu Corpo

    Por Dr. Mauro Luís de Mello Ferreira e Dra. Caroline Nagano

    17 de maio de 2017

    Como a hipertensão é uma doença que dificilmente provoca sintomas, seguir as recomendações médicas sobre como utilizar os medicamentos e adotar hábitos de vida mais saudáveis são de extrema importância para evitar complicações, como o infarto e o acidente vascular cerebral (AVC). Respeitar as orientações de um especialista torna o tratamento mais eficaz e ajuda a evitar problemas, já que cada medicamento tem um período para efetivamente controlar os efeitos da doença.

    Medicamentos para hipertensão começam a fazer efeito em 40 minutos

    Segundo o Ministério da Saúde, a hipertensão exige que o coração trabalhe de uma forma muito mais intensa para distribuir o sangue por todo o corpo. Como consequência, ao passar pela parede das artérias, o sangue exerce uma pressão muito maior do que em organismos saudáveis, exigindo tratamento específico para controlar esse problema.

    De acordo com a cardiologista Caroline Nagano, o tempo de ação dos medicamentos depende se a administração é feita via oral, a forma mais comum, ou diretamente na veia. “Pela via oral, cada medicação pode ter seu tempo de início e de pico variados, porém levam em torno de 40 minutos, em média, para começar a fazer efeito agudo”, afirma a especialista.

    Já para que o medicamento cause um efeito crônico, ou seja, de controle efetivo da pressão arterial, é preciso mais tempo. “Em média, são necessárias quatro semanas para avaliar o efeito da medicação no organismo, tempo necessário para ele fazer as modificações e entrar em equilíbrio”, explica a profissional.

    Anti-hipertensivos de ação rápida são utilizados para emergências

    Levando em consideração esse tempo, o médico pode receitar um remédio de ação mais rápida para um paciente cujo quadro é mais grave, quando abaixar a pressão com maior rapidez se faz necessário. No entanto, este tipo de situação não é o mais comum, ocorrendo geralmente em casos de emergência e em setores de terapia intensiva. Caroline diz que a diminuição abrupta da pressão pode provocar até mais prejuízos que o aumento.

    A ação dos medicamentos nem sempre é a mesma, variando de acordo com a classe a qual a medicação pertence. “Cada um age em uma via do nosso organismo que está envolvida com o aumento pressórico, como rins, hormônios, sistema nervoso, vasos sanguíneos, já que a hipertensão é uma doença multifatorial”, ressalta a médica. Muitas vezes, é preciso mais de um medicamento para obter o controle da pressão, atuando em diferentes sistemas do corpo.

    Conheça outras medidas que ajudam a controlar a hipertensão

    No entanto, como já foi dito, o tratamento da hipertensão não é feito apenas com o uso de medicações. Recorrer a outras medidas para o controle do problema também é muito importante, especialmente durante a pandemia do novo coronavírus, já que pacientes com hipertensão fazem parte do grupo com mais chance de ter casos graves da COVID-19. O vírus pode, por exemplo, levar à necrose pulmonar e miocardite (inflamação do músculo do coração).

    O paciente com pressão alta deve buscar um estilo de vida saudável, começando pela alimentação: é fundamental diminuir o consumo de alimentos gordurosos e processados e reduzir a ingestão de sódio. Para isso, evite exagerar na ingestão de queijo, mortadela, pão francês, macarrão instantâneo, pipoca de micro-ondas e temperos. Já a soja, a aveia, a castanha e os alimentos ricos em ômega 3, como o salmão, ajudam a melhorar saúde cardiovascular.

    Evitar o estresse, não fumar, não consumir bebidas alcoólicas e fazer exercícios físicos regularmente são outros pilares do tratamento. Para o período da pandemia de COVID-19, é importante priorizar exercícios que podem ser feitos dentro de casa, como polichinelos, agachamentos, flexões, abdominais e pilates.

    Quando pensar em COVID-19?

    A COVID-19 é uma doença causada por um tipo de coronavírus conhecido como SARS-CoV-2, que apresenta principalmente sintomas respiratórios muitas vezes semelhantes a quadros gripais.

    Os sintomas mais comuns da COVID-19 são febre, cansaço e tosse seca, sendo que alguns pacientes podem ter dores no corpo, congestão nasal, corrimento nasal, dor de garganta ou diarreia. Em alguns casos também pode causar tosse com catarro. Esses sintomas geralmente são leves e começam gradualmente.

    O sintoma mais importante que deve fazer os pacientes procurarem um serviço de saúde é a falta de ar ou dificuldade de respirar, que pode significar uma piora do quadro pulmonar.

     

    Referências:

    1. Wei-jie Guan et al. Comorbidity and its impact on 1,590 patients with COVID-19 in China: A Nationwide Analysis. MedRxiv 2020.
    2. Ministério da Saúde. https://www.saude.gov.br/o-ministro/746-saude-de-a-a-z/46490-novo-coronavirus-o-que-e-causas-sintomas-tratamento-e-prevencao-3 acessado em 13/04/2020.

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