Para fazer o diagnóstico da infecção causada pela bactéria H. pylori, e então poder começar o tratamento, médico e paciente podem recorrer a vários exames diferentes. Existem tanto testes não invasivos, como o exame de fezes e o exame de sangue, quanto métodos invasivos. A gastroenterologista Amanda P. Medeiros explica como é feito cada um desses testes.
Exame de fezes é opção para diagnosticar H. pylori
Um dos exames não invasivos é o teste sorológico, mais conhecido como exame de sangue. “O teste sorológico é o menos recomendado, por ser menos sensível e específico”, afirma a médica. Esse exame não é recomendado para regiões em que a infecção atinge menos que 30% da população e não deve ser usado para avaliar o quadro de saúde do paciente após o tratamento.
Uma opção melhor para o diagnóstico da infecção de H. pylori é o exame de fezes, também chamado de teste de antígeno fecal. “A pesquisa do antígeno nas fezes tem boa sensibilidade e especificidade, maiores que 92%, e pode ser realizada nos pacientes que não precisam realizar endoscopia digestiva alta”, explica a especialista.
Conheça o exame mais recomendado para o diagnóstico
Já o teste respiratório de ureia é ainda mais eficiente que o exame de fezes, sendo o mais recomendado para os pacientes que não precisam fazer endoscopia. Segundo a gastroenterologista, é feita a ingestão de ureia marcada com carbono e, em seguida, a expiração do ar em um aparelho respiratório. Se a H. pylori ainda estiver no estômago, ela quebrará a ureia e liberará uma grande quantidade de gás carbônico, que será detectada pelo aparelho.
Já o método invasivo é a biópsia feita por endoscopia. “A biópsia pode ser realizada nos pacientes que já precisariam se submeter ao exame de endoscopia, como os que apresentam perda de peso, dor epigástrica severa, disfagia, vômitos e sangramento digestivo, os maiores de 60 anos e os que apresentam anemia por deficiência de ferro”, informa Dra. Amanda.
Foto: Shutterstock