Segundo a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), mais de 380 milhões de pessoas sofrem com a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) pelo mundo. O problema provoca cerca de 3 milhões de óbitos por ano e tem como principais sintomas a falta de ar e crises de tosse. Sua principal causa é o hábito de fumar cigarros.
Parar de fumar reduz drasticamente chances de ter DPOC
Para o pneumologista Ciro Kirchenchtejn, quem fuma pelo menos um maço de cigarros por dia durante 10 anos corre o risco de desenvolver DPOC. No entanto, essa relação pode ser ainda pior: “Um estudo mostrou que fumar apenas um cigarro por dia por vários anos também pode provocar DPOC e causar infarto do miocárdio”, alerta o médico.
Do número total de fumantes, cerca de 15% a 20% acaba desenvolvendo a doença. A melhor atitude que um fumante pode ter para evitar os sintomas e as crises de DPOC é largar o cigarro, o que irá pouco a pouco diminuir a inflamação dos brônquios. “As chances de ter DPOC zeram só se o paciente ainda não adquiriu a doença”, explica o profissional.
Como o cigarro ajuda a desenvolver DPOC?
De acordo com Kirchenchtejn, existem várias teorias que explicam a relação entre o cigarro e a DPOC. “O cigarro é queimado a mais de 900°C, tem agrotóxicos, radicais livres, benzenos e metais pesados e reduz a capacidade de defesa do pulmão de tal forma que surpreende como algumas pessoas não adoecem apesar de fumar. Um maço por dia reduz, em média, 10 anos de vida”, afirma o pneumologista.
Entretanto, parar de fumar nem sempre é fácil. A nicotina presente no cigarro provoca dependência e, muitas vezes, o fumante precisa de ajuda psicológica para interromper o consumo. Quem desejar pode recorrer ao Sistema Único de Saúde (SUS), que oferece tratamento gratuito e com profissionais qualificados.
Dados da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT): https://sbpt.org.br/portal/t/dpoc/
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