A febre amarela é um quadro infeccioso viral que se estabelece no organismo por meio da picada de mosquitos. Nas zonas urbanas, o inseto que transmite a doença é o mesmo da dengue, o Aedes aegypti. Em geral, a febre amarela não apresenta sintomas, mas em alguns casos estes podem aparecer, causando desconforto e mal estar aos pacientes.
Sintomas da febre amarela
“Normalmente, a febre amarela se apresenta com ausência de sintomas ou com poucos sintomas. As primeiras manifestações da doença ocorrem repentinamente com: febre alta, calafrio, cansaço, dor de cabeça, dor muscular, náuseas e vômitos, por cerca de três dias”, informa o infectologista Bruno Scarpellini.
Ainda segundo o especialista, a forma mais grave da doença é mais rara e costuma aparecer após um breve período de bem-estar, quando podem ocorrer insuficiências hepática e renal, icterícia (olhos e pele amarelados), manifestações hemorrágicas e cansaço intenso. “Mesmo assim, a maioria dos infectados se recupera bem e adquire proteção permanente contra a doença”.
Prevenção e fatores de risco da febre amarela
Não existe um tratamento específico para a febre amarela. É possível apenas controlar os sintomas e as complicações por meio de algumas medidas, como reidratação, uso de anti-inflamatórios, repouso, reposição sanguínea, entre outros. Quem ainda não manifestou a doença deve buscar se proteger com a vacinação, que é considerada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) a forma mais importante de prevenção.
As maiores chances de se contrair febre amarela estão com aqueles que não tiveram contato com a doença e nunca se vacinaram contra ela. Pessoas mais velhas, acima dos 60 anos de idade, também estão mais sujeitas a desenvolverem o quadro. Com estes precedentes, viajar para locais onde o vírus está ativo se torna um risco.
Dr. Bruno Scarpellini é infectologista e epidemiologista, pesquisador e epidemiologista do Laboratório de Retrovirologia da Escola Paulista de Medicina/Unifesp. CRM-RJ: 5271607-3.
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