A síndrome do olho seco é uma doença ocular que pode ser crônica e caracteriza-se pela alteração da lubrificação dos olhos. Por isso, ela também é conhecida como síndrome da disfunção ocular. Os sintomas são bem específicos, bem como suas causas e suas formas de tratamento. O oftalmologista Carlos Tedeschi esclareceu as principais dúvidas sobre como tratar olho seco. Confira!
Colírio para olho seco é o único tratamento?
O colírio é um medicamento usado para diversas doenças oftalmológicas. Com a síndrome do olho seco não é diferente. Porém, essa não é a única forma de tratar a doença. “Basicamente, o tratamento inicial pode ser realizado por meio dos lubrificantes oculares somente. Mas, existem muitas modalidades terapêuticas no tratamento do olho seco e, na maioria delas, é necessário a combinação de diferentes abordagens, de acordo com a causa clínica de cada paciente”, explica Carlo Tedeschi.
Outras medidas para tratar a síndrome do olho seco são o plug lacrimal, membrana artificial que recobre o olho e favorece a lubrificação, e intervenção cirúrgica, ou seja, uma operação nas glândulas salivares. Sempre consulte seu oftalmologista para descobrir o melhor tratamento para o seu caso.
Olho seco: sintomas podem incluir cefaleia
O principal sintoma da síndrome do olho seco é a má qualidade do filme lacrimal dos olhos, “tanto de forma quantitativa (baixa produção da lágrima) como qualitativa (a lágrima evapora muito rapidamente), fazendo com que a superfície ocular não esteja protegida o suficiente para permitir um processo de hidratação da córnea e da membrana conjuntiva”, explica Dr. Tedeschi. Por isso, muitos sintomas são localizados, como sensação de areia nos olhos, lesão e dor na região, prurido ocular e flutuação da visão. Porém, o especialista lembra que até mesmo a cefaleia (dor de cabeça) pode fazer parte do quadro.
Os fatores que causam o olho seco são muitos. O envelhecimento ocular é a maior motivação para a síndrome. O oftalmologista cita a exposição excessiva a notebooks, smartphones e computadores, que estimulam a atividade visual. Uso de medicamentos quimioterápicos e antidepressivos, algumas doenças autoimunes, uso de lentes de contato, clima seco e até mesmo o ar poluído dos grandes centros são apontados como possíveis causas.
Foto: Shutterstock