A esquizofrenia é uma doença psiquiátrica que atinge tanto homens quanto mulheres. No entanto, em cada um dos gêneros, o surgimento do transtorno costuma ocorrer em épocas diferentes: nos homens, começa na adolescência, entre os 15 e 25 anos, enquanto nas mulheres, entre os 25 e 35 anos. O diagnóstico ainda nas fases iniciais ajuda no sucesso do tratamento e existem sinais que podem indicar a doença precocemente.
Isolamento de amigos e familiares pode ser sinal de esquizofrenia
“Alguns sinais são comuns antes do primeiro surto e chamam a atenção dos familiares, como alteração do comportamento, retraimento e isolamento social e prejuízo global de seu funcionamento, apresentando atitudes fora do comum e, por vezes, com discurso confuso”, afirma o psiquiatra Gustavo de Carvalho de Araujo.
Ideias de perseguição também são comuns no começo do desenvolvimento da esquizofrenia. Há inúmeros casos de pessoas que acreditam estarem sendo filmadas ou que receberam o implante de um chip em seu corpo, segundo o profissional. As alucinações, como ouvir vozes ou ver pessoas que não existem são outro aspecto frequente.
Procurar tratamento no começo da esquizofrenia ajuda no tratamento
Os pacientes com transtornos mentais, de uma forma geral, não percebem que estão doentes. No caso da esquizofrenia, as alterações no cérebro provocadas pelo distúrbio geram uma ausência total do julgamento crítico, fazendo acreditar que os delírios e as alucinações realmente são verdade e atrapalhando a busca por ajuda psiquiátrica.
Devido a essa falta de percepção da realidade, a ajuda de pessoas próximas é muito importante. “Aos perceberem mudanças no comportamento, amigos e familiares deverão orientar a procurar ajuda médica especializada o quanto antes para que o tratamento seja adequado e para que paciente não evolua com crises e surtos psicóticos no futuro”, recomenda Gustavo.
Foto: Shutterstock