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Esquizofrenia é hereditário? O que fazer caso exista casos na família?

Esquizofrenia
Sintomas

Por Dra. Luciana Staut

19 de outubro de 2023

Um dos principais sinais que indicam o desenvolvimento da esquizofrenia é o aparecimento de sintomas psicóticos, como alucinações auditivas e visuais. É comum ver pessoas ou animais que não existem, ouvir vozes e ruídos que ninguém mais consegue ouvir e até ter a sensação de estar sendo monitorado o tempo inteiro. Nestes quadros, o fator genético exerce forte influência.

Hereditariedade é um fator de risco para esquizofrenia

“Isso significa que o fato de ter algum familiar com esquizofrenia aumenta o risco para o desenvolvimento do quadro em outros familiares”, afirma a psiquiatra Luciana Staut. No entanto, a médica acredita que é muito importante frisar que ter um parente com este transtorno não faz com que outro familiar, necessariamente, tenha a doença.

Apesar de o fator genético ser um dos componentes envolvidos no surgimento da esquizofrenia, existem também outros fatores que devem ser considerados. Os principais são a exposição pré-natal a infecções ou injúrias, complicações durante o parto ou na gestação, alterações nutricionais, principalmente na infância, e até o uso de drogas, como a maconha.

Há como detectar a esquizofrenia precocemente?

Segundo a especialista, não existem exames capazes de detectar precocemente o risco de uma pessoa desenvolver a esquizofrenia quando outro membro da família já apresenta a doença. “Nesses casos, os parentes devem ficar muito atentos, principalmente, em casos de mudanças abruptas de comportamento. Isso inclui episódios de agressividade, isolamento social e desconfiança excessiva, inclusive com pessoas próximas”, alerta a profissional.

Desleixo com a própria saúde, com a higiene e outros tipos de cuidados também podem indicar que algo está errado e devem chamar atenção dos familiares. Caso estes aspectos sejam notados, é importante procurar o atendimento médico com rapidez para avaliar as causas, fazer o diagnóstico da doença e iniciar o tratamento de forma adequada, que poderá ser feito com terapias e medicações antipsicóticas.

Dra. Luciana Cristina Gulelmo Staut é psiquiatra, formada pela Universidade Federal de Mato Grosso, membro da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) e atende em Cuiabá (MT). CRM-MT: 6734

Foto: Shutterstock

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