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É possível desenvolver DPOC mesmo sem ser fumante?

Asma e Bronquite
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19 de outubro de 2023

A DPOC, doença pulmonar obstrutiva crônica, é caracterizada pela inflamação e estreitamento dos brônquios. Ela é um grupo de doenças formado pelo enfisema pulmonar e pela bronquite crônica, cujos principais sintomas são a tosse e a falta de ar. O número de pacientes com o problema chega à marca de sete milhões no Brasil, de acordo com a Associação Brasileira de Portadores de DPOC.

O consumo de produtos com tabaco é o principal fator de risco para o desenvolvimento da DPOC, assim como o fumo de maconha. No entanto, a doença é multifatorial e mesmo quem não é fumante pode tê-la. “Em mulheres, a exposição domiciliar à queima de biomassa, como fumaça de fogão a lenha, é uma importante causa de DPOC em países subdesenvolvidos”, afirma a pneumologista Luiza Helena Degani Costa.

Outras causas para a DPOC

A poluição das fábricas e do escapamento dos carros representa um perigo à saúde de quem mora nas grandes cidades e aumenta as chances de DPOC. De acordo com Luiza Helena, a exposição que mineradores e trabalhadores industriais sofrem em seus trabalhos está associada ao desenvolvimento da doença em uma porcentagem significativa dos casos.

Mesmo quem não fuma, mas é fumante passivo pode chegar a ter a doença. “A exposição à fumaça do tabaco pode gerar problemas pulmonares em todas as fases da vida. Para o fumante passivo, pode haver risco aumentado de DPOC, a depender da intensidade dessa exposição”, explica a médica.

O tratamento é fundamental

No início, o problema pode ser identificado como um simples pigarro na garganta ligado ao fumo, mas tende a piorar. “Com o tempo, os pacientes começam a sentir falta de ar progressivamente e apresentar episódios recorrentes de chiado no peito. A falta de ar limita as atividades e o indivíduo se torna mais sedentário, agravando ainda mais sua situação”, alerta a pneumologista.

O tratamento da DPOC passa por medidas de cuidados gerais e específicos. O fim do tabagismo é fundamental e é uma das poucas medidas que efetivamente reduz a mortalidade nesses indivíduos. Além disso, fazer exercícios físicos e se vacinar anualmente contra influenza e o pneumococo é fundamental. Existem medicações broncodilatadoras que proporcionam alívio sintomático e reduzem os sintomas, mas em casos graves e avançados pode ser necessário suporte com oxigenoterapia domiciliar.

 

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