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Depressão: saiba mais sobre os diferentes graus de intensidade da doença.

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19 de outubro de 2023

É normal que os quadros de depressão se manifestem em intensidades diferentes, dependendo de cada caso. Um paciente pode, por exemplo, iniciar com depressão leve e evoluir até chegar no fase mais crítica. Em outros casos, já na primeira vez que o paciente sofre com os sintomas da doença, ela se apresenta em estágio mais avançado (moderado e grave).

Características de cada grau de depressão

 

“De acordo com o DSM-5, manual de classificação dos transtornos mentais, os episódios depressivos podem ser classificados como leves, moderados ou graves”, afirma a psiquiatra Erika Mendonça. No episódio depressivo leve, há presença de poucos sintomas além dos necessários para o diagnóstico; a intensidade dos sintomas causa sofrimento, mas é manejável e os sintomas resultam em pouco prejuízo no funcionamento social ou profissional”, explica a médica.

Já no episódio depressivo grave, os sintomas aparecem em número muito maior do que o necessário para fazer o diagnóstico, a intensidade dos mesmos causa grave sofrimento, eles não são manejáveis e interferem substancialmente no funcionamento social e profissional (o paciente não consegue trabalhar, se relacionar, cuidar de si mesmo, etc.). “O episódio depressivo moderado apresenta características intermediárias entre os episódios leve e grave”, completa Erika.

Tratamento para cada intensidade de depressão

 

A intensidade do quadro depressivo define o tipo de tratamento adotado, tendo em vista que quanto mais preocupante for o episódio, mais medidas de tratamento podem ser adotadas. Por exemplo, a depressão leve muitas vezes pode ser controlada somente com psicoterapia, enquanto que as versões moderada e grave exigem também o uso de medicamentos.

“O tratamento dos episódios depressivos é, na maioria das vezes, feito com medicações antidepressivas. Geralmente, nos casos mais graves há necessidade de doses maiores e, às vezes, até mesmo associação entre mais de um tipo de medicamento antidepressivo, ou entre medicamentos de outras classes, como antipsicóticos e estabilizadores do humor”, conclui a psiquiatra.

 

Dra. Erika Mendonça de Morais é psiquiatra formada pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e atua em São Paulo. CRM-SP: 124933

Foto: Shutterstock

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