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Depois de recorrer até a simpatias, professora controla asma com medicação

Asma e Bronquite
Pulmão

Por Dra. Flávia Salame

19 de outubro de 2023

A asma é uma doença que pode surgir logo nas primeiras semanas depois do nascimento. Nesta faixa etária, o sistema imunológico ainda está em formação e, portanto, mais fragilizado, o que acaba dificultando o controle dos sintomas nos bebês e nas crianças com asma. A professora Katia S., de 44 anos, sabe bem o que é isso, já que foi diagnosticada com a doença antes de completar seu primeiro ano de vida.

Asma pode se manifestar em qualquer idade

“Tenho asma desde que nasci e piorou com o péssimo hábito que meu pai tinha de fumar enquanto me segurava no colo“, afirma a moradora do Rio de Janeiro. Ela sentia falta de ar, tinha tosse e chiado no peito e fazia nebulização frequentemente para aliviar os sintomas. Devido a essas dificuldades, não conseguia nem mesmo praticar exercícios físicos leves.

Os sintomas e as crises da asma surgiam sempre que a temperatura mudava bruscamente e tendiam a piorar nos meses de inverno, o que é comum, segundo a pneumologista Flávia Salame: “O ar seco e frio tem um efeito irritativo para os pulmões, piorando a tosse, a falta de ar e aumentando a produção de muco. Em temperaturas muito frias, os vasos sanguíneos ficam mais contraídos, aumentando o trabalho cardíaco e alterando o padrão respiratório”.

Tosse e falta de ar são os principais sintomas da asma

As crises de Katia eram tão intensas que ela, durante o ensino médio, não conseguia subir as escadas de seu colégio para chegar ao terceiro andar, onde tinha aula. Quando conseguia, frequentemente passava mal e precisava ser levada às pressas a um hospital. Além disso, a carioca já sofreu quatro paradas respiratórias ao longo de sua vida.

Para controlar a asma, a professora e sua família já tentaram de tudo e recorreram até mesmo a simpatias. Foi somente depois de 34 anos sofrendo com a doença que Katia encontrou uma medicação capaz de aliviar os sintomas e também de diminuir o número de crises: “Como o uso é contínuo, quase não tenho mais crises. Ainda sinto um pouco de falta de ar, mas a última vez que fui a um hospital por causa da asma foi em 2010”.

Dra. Flávia Salame é pneumologista e mestre em Doenças Tropicais e Infecciosas, graduada pela Universidade Federal do Pará (UFPA) e atua em Manaus (AM). CRM-AM: 7921

 

Foto: Shutterstock

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