
Dra. Flávia Salame
Pneumologia
Biografia
Dra. Flávia Matos Salame é graduada em Medicina pela Universidade Federal do Pará (UFPA). Realizou residência médica em Clínica Médica e em Pneumologia e Tisiologia pela UFPA/HUJBB. É professora da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), na disciplina Clínica Médica I (Pneumologia) e mestre em Doenças Tropicais e Infecciosas pelo Programa de Pós-Graduação em Medicina Tropical da UEA em convênio com a Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado. Atua como preceptora da residência em Clínica Médica do Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV/UFAM) e é responsável técnica do setor de provas de função respiratória do HUGV.
Artigos
Saiba o que mais pode causar as crises de asma, no dia a dia!
A asma é uma doença respiratória responsável por mais de 120 mil hospitalizações por ano no Brasil, de acordo com o Datasus, o Departamento de Informática do SUS. Parte das internações é resultado das crises de asma, que fazem os brônquios se inflamarem, impedindo a passagem do ar e provocando tosse, falta de ar e chiado no peito. As crises são desencadeadas pelos chamados gatilhos. Pelos de animais são gatilhos para crises de asma Os gatilhos são fatores que geram a irritação nos brônquios. Em certos casos, são substâncias nocivas, cuja chegada até os pulmões é interrompida pela inflamação. “Alguns dos principais gatilhos são ácaros, mofo, alérgenos de baratas, fumaça de cigarro e de queima de lenha ou plantas e pelos de animais domésticos”, cita a pneumologista Flávia Salame. Alguns alimentos e conservantes, assim como odores fortes, estresse, mudanças bruscas de temperatura, certos medicamentos e até infecções respiratórias, como gripe e resfriado, também são considerados gatilhos. “Esses gatilhos variam em cada indivíduo. É importante que cada pessoa com asma identifique quais são os seus e aprenda a evitá-los sempre que possível”, recomenda a profissional. Evitar a poluição reduz crises de asma Quem mora em cidades grandes ou perto de regiões industriais deve ficar atento à poluição ambiental. A fumaça que sai do escapamento de carros e de outros veículos, por exemplo, podem tornar o sistema respiratório mais reativo e propenso a se sensibilizar com outros gatilhos habituais da asma, segundo Flávia. Ou seja, a poluição pode levar a uma perda do controle da doença ou a uma crise. Para evitar os sintomas da asma, é importante procurar um médico especializado para descobrir quais os seus gatilhos. A partir daí, o pneumologista poderá indicar uma série de medidas a serem adotadas tanto dentro quanto fora de casa, como manter os quartos, ventiladores e aparelhos de ar-condicionado limpos e utilizar medicações que reduzem a resposta inflamatória dos brônquios. Dra. Flávia Salame é pneumologista e mestre em Doenças Tropicais e Infecciosas, graduada pela Universidade Federal do Pará e atua em Manaus (AM). CRM-AM: 7921 – draflaviasalame.com Foto: Shutterstock
Asma: Exposição à fumaça pode desencadear crises da doença?
A asma é uma doença respiratória que provoca chiado no peito e falta de ar, graças à inflamação das vias aéreas que dificulta a passagem do ar para os pulmões. As crises de asma são desencadeadas pelos chamados alérgenos, substâncias que irritam os brônquios. Um dos alérgenos mais importantes é a fumaça, seja originada da poluição do ar ou de cigarros. Poluição pode tornar sistema respiratório ainda mais sensível “Fumaças funcionam como gatilho para crises de asma. Os efeitos da poluição do ar na saúde dependem dos componentes e das fontes de poluentes, que variam com os países, as estações do ano e os horários”, afirma a pneumologista Flávia Salame. De acordo com a médica, todas as pessoas respiram substâncias nocivas quando os níveis de poluição estão altos, mas os efeitos são mais intensos em quem tem asma. “As partículas encontradas na poeira, na fuligem a na fumaça são pequenas o suficiente para entrar diretamente nos pulmões. Por serem irritativas, deixam as vias aéreas inflamadas e inchadas, desencadeando os sintomas da asma”, diz a médica. Além disso, a poluição pode tornar o trato respiratório mais sensível a outros gatilhos da asma, como ácaros, pólen, mofo, fungos e pelos de animais. Ficar pouco tempo em estacionamentos ajuda a evitar crises de asma A melhor maneira de prevenir as crises de asma é evitar o contato com a fumaça e outros alérgenos. “Tente evitar ou minimizar o tempo que você passa em pontos de poluição mais elevada, como rodovias e estradas com tráfego lento, entroncamentos, estações de ônibus e estacionamentos em dias de alta poluição”, recomenda a profissional. Quando possível, pacientes asmáticos devem buscar morar em locais longes de indústrias e centros urbanos. Segundo a pneumologista, uma estratégia importante é saber os horários que costumam registrar maiores níveis de poluição, como o fim da tarde e durante a hora do rush, períodos em que há mais poluição por causa do maior número de veículos circulando. Além disso, dias úmidos, quentes e com pouco vento acumulam poluentes com mais facilidade e dias muito frios mantêm a poluição mais próxima ao solo. Dra. Flávia Salame é pneumologista e mestre em Doenças Tropicais e Infecciosas, graduada pela Universidade Federal do Pará e atua em Manaus (AM). CRM-AM: 7921 – Site oficial Foto: Shutterstock
É mais difícil se recuperar de uma doença respiratória no clima frio?
Os meses de outono e inverno são marcados pelas baixas temperaturas e pelo ar mais seco, características que tornam as diversas doenças respiratórias, como asma, gripe e resfriado, mais frequentes. Para quem não conseguiu se prevenir, há ainda uma outra má notícia: o clima frio também acaba dificultando a recuperação do corpo. Clima frio pode irritar os pulmões e piorar a falta de ar “A exposição a baixas temperaturas provoca algumas alterações físicas que podem tornar mais difícil a recuperação de uma doença respiratória ou podem levar à piora de doenças respiratórias preexistentes. O ar frio e seco tem um efeito irritativo para os pulmões, piorando a tosse e a falta de ar e aumentando a produção de muco”, afirma a pneumologista Flávia Salame. Além disso, as temperaturas muito frias podem também aumentar a pressão arterial e piorar o quadro de doenças cardiovasculares. “Os vasos sanguíneos ficam mais contraídos, aumentando o trabalho cardíaco e alterando o padrão respiratório. Inicialmente, há uma hiperventilação, seguida por uma queda acentuada da frequência respiratória se a exposição a baixas temperaturas se manter”, alerta a profissional. Evitar contato com a fumaça do cigarro evita doenças respiratórias Algumas medidas podem ser tomadas para cuidar da imunidade, manter os pulmões mais saudáveis e acelerar a recuperação do sistema respiratório nas estações frias. “Não queime lenha em fogões ou lareiras para evitar o acúmulo de fumaça, evite o uso de cigarros e bebidas alcoólicas, mantenha-se hidratado, prefira alimentos e bebidas quentes e, se o tempo estiver ruim, mude sua programação para evitá-lo quando possível”, recomenda a especialista. Ao precisar sair no clima frio, é importante usar roupas que aqueçam o corpo de forma adequada. Flávia aconselha ainda a usar um cachecol para cobrir o nariz e a boca e respirar pelo nariz para aquecer o ar antes de levá-lo aos pulmões. Outras recomendações são continuar o consumo dos medicamentos normalmente e praticar exercícios físicos, o que ajuda a manter o corpo aquecido e a melhorar a circulação sanguínea, além de fortalecer a saúde dos pulmões. Dra. Flávia Salame é pneumologista e mestre em Doenças Tropicais e Infecciosas, graduada pela Universidade Federal do Pará e atua em Manaus (AM). CRM-AM: 7921 – Site oficial Foto: Shutterstock
Depois de recorrer até a simpatias, professora controla asma com medicação
A asma é uma doença que pode surgir logo nas primeiras semanas depois do nascimento. Nesta faixa etária, o sistema imunológico ainda está em formação e, portanto, mais fragilizado, o que acaba dificultando o controle dos sintomas nos bebês e nas crianças com asma. A professora Katia S., de 44 anos, sabe bem o que é isso, já que foi diagnosticada com a doença antes de completar seu primeiro ano de vida. Asma pode se manifestar em qualquer idade “Tenho asma desde que nasci e piorou com o péssimo hábito que meu pai tinha de fumar enquanto me segurava no colo“, afirma a moradora do Rio de Janeiro. Ela sentia falta de ar, tinha tosse e chiado no peito e fazia nebulização frequentemente para aliviar os sintomas. Devido a essas dificuldades, não conseguia nem mesmo praticar exercícios físicos leves. Os sintomas e as crises da asma surgiam sempre que a temperatura mudava bruscamente e tendiam a piorar nos meses de inverno, o que é comum, segundo a pneumologista Flávia Salame: “O ar seco e frio tem um efeito irritativo para os pulmões, piorando a tosse, a falta de ar e aumentando a produção de muco. Em temperaturas muito frias, os vasos sanguíneos ficam mais contraídos, aumentando o trabalho cardíaco e alterando o padrão respiratório”. Tosse e falta de ar são os principais sintomas da asma As crises de Katia eram tão intensas que ela, durante o ensino médio, não conseguia subir as escadas de seu colégio para chegar ao terceiro andar, onde tinha aula. Quando conseguia, frequentemente passava mal e precisava ser levada às pressas a um hospital. Além disso, a carioca já sofreu quatro paradas respiratórias ao longo de sua vida. Para controlar a asma, a professora e sua família já tentaram de tudo e recorreram até mesmo a simpatias. Foi somente depois de 34 anos sofrendo com a doença que Katia encontrou uma medicação capaz de aliviar os sintomas e também de diminuir o número de crises: “Como o uso é contínuo, quase não tenho mais crises. Ainda sinto um pouco de falta de ar, mas a última vez que fui a um hospital por causa da asma foi em 2010”. Dra. Flávia Salame é pneumologista e mestre em Doenças Tropicais e Infecciosas, graduada pela Universidade Federal do Pará (UFPA) e atua em Manaus (AM). CRM-AM: 7921 Foto: Shutterstock