Realizar a higiene nasal com frequência é uma excelente maneira não só de prevenir, mas também de tratar gripes, resfriados e outros tipos de doenças respiratórias. A lavagem nasal é um procedimento recomendado por médicos e pode ajudar especialmente as crianças, que ainda não têm o sistema imunológico totalmente preparado para combater infecções respiratórias.
Higiene nasal elimina muco que favorece infecção respiratória
“Diversas toxinas produzidas por bactérias e vírus provocam uma redução do batimento dos cílios, estruturas microscópicas que se movimentam de forma harmoniosa para remover continuamente o muco para fora do nariz e dos seios paranasais”, afirma a otorrinolaringologista Isabela Oliveira. A diminuição do movimento ciliar causa o acúmulo de secreções mais espessas que o normal, aumentando a predisposição à instalação de processos infecciosos.
“A higiene nasal, além de melhorar o funcionamento do sistema mucociliar, removendo o muco nasal, secreções purulentas e restos de células e crostas, diminui a inflamação local da mucosa nasal porque reduz mediadores inflamatórios”, explica a especialista. De acordo com a médica, uma revisão realizada pelo grupo Cochrane, em 2010, demonstrou que pacientes que fizeram lavagem nasal tiveram menor tendência a usar antibióticos.
Higiene nasal deve ser feita com soro fisiológico
Uma das formas mais simples de limpar o nariz é utilizar a água quente do chuveiro a seu favor. O calor e a umidade do banho ajudam a amolecer o muco, que pode ser eliminado com mais facilidade. No entanto, para uma limpeza completa e eficiente, procure utilizar o soro fisiológico 0,9% em temperatura ambiente, seja em spray ou com o auxílio de uma seringa.
O procedimento pode ser repetido algumas vezes para garantir uma limpeza adequada e pode ser feito todos os dias, segundo Isabela. “Perceba o quanto é necessário para desobstruir e fazer a secreção sair. A ideia é realmente tirar o catarro mecanicamente, empurrando com o soro. Tome cuidado para direcionar o jato para a lateral do nariz e não para o septo”, recomenda a otorrinolaringologista.
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