Muitas pessoas sofrem quando estão com o intestino desregulado e um dos efeitos desse quadro é o excesso de gases. Para evitar esse problema, é fundamental adotar algumas medidas importantes para regular o sistema digestivo. De acordo com a gastroenterologista Fernanda Oliviero, o tratamento deve incluir aumento da ingestão de líquidos (no mínimo dois litros de água ao dia), exercícios físicos (caminhada, corrida, bicicleta ou natação pelo menos três vezes na semana) e ingestão de alimentos ricos em fibras.
Treinar o intestino é uma excelente forma de regulá-lo
Algumas outras práticas do dia a dia também ajudam a regular o intestino. “Além disso, você deve tentar ir ao banheiro todos os dias sempre no mesmo horário, mesmo que não esteja com vontade de evacuar, de preferência pela manhã ou após alguma refeição, quando os movimentos intestinais são mais frequentes”, recomenda Fernanda. “Isso ajuda o intestino a criar um hábito e ter um melhor funcionamento do trânsito intestinal. Deve-se ir ao banheiro sempre que der vontade, pois ficar prendendo favorece a constipação”.
O intestino bem treinado funciona como um relógio, evacuando regularmente. Para que isso aconteça, as refeições precisam ser feitas sempre nos mesmos horários, de 5 a 6 refeições ao dia, se alimentando de 3 em 3 horas e em pequenas quantidades. “Não esqueça de mastigar bem os alimentos, pois além de ajudar na digestão, evita a formação de gases intestinais”.
Alimentos que devem ser preferidos e os que devem ser evitados
Segundo a médica, considera-se normal até uma evacuação a cada 3 dias, desde que as fezes não estejam muito endurecidas ou o paciente sinta distensão abdominal. Para obter isso, ela sugere uma dieta com preferência a alimentos como mamão, ameixa, laranja (com bagaço), abacate, grãos (como granola, gergelim, linhaça, aveia e chia), frutas com casca, vegetais e legumes (de preferência crus como couve e espinafre).
Por outro lado, deve-se evitar o consumo de alimentos ricos em açúcares (como refrigerantes, bolos, sucos industrializados); de frituras e alimentos muito gordurosos; leite e derivados; alimentos à base de farinha branca (dê preferência aos produtos integrais, que são ricos em fibras); e alimentos processados (salsicha, linguiça, presunto, enlatados, salgadinhos, alimentos congelados).
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