A prisão de ventre ou a constipação intestinal, nome também utilizado pelos médicos, ocorre quando há alterações nas evacuações, seja quando as fezes ficam mais endurecidas e, portanto, mais difíceis de serem eliminadas, ou quando uma pessoa passa a evacuar menos de três vezes por semana. Mas, o que será que causam essas mudanças?
Falta de fibras na alimentação ajuda a causar prisão de ventre
Segundo o gastroenterologista Quelson Coelho Lisboa, na grande maioria das vezes, a prisão de ventre é consequência de maus hábitos de vida: “Essa alteração acontece principalmente por baixa ingestão de fibras na alimentação, falta de prática de atividade física e pouca ingestão de água durante o dia (menos de dois litros)”. Esses hábitos tornam os movimentos intestinais mais lentos e as fezes mais duras.
De acordo com o especialista, esses maus hábitos são mais comuns em pacientes a partir dos 50 anos de idade e é por isso que a prisão de ventre também se torna mais frequente a partir desta faixa etária. Entretanto, pessoas mais jovens que não adotam os cuidados preventivos também podem apresentar prisão de ventre.
Doenças podem provocar prisão de ventre
Outra causa comum de prisão de ventre é a síndrome do intestino irritável. “Problemas emocionais, como ansiedade e estresse, atrapalham a inervação intestinal e causam tanto diarreia quanto como prisão de ventre”, afirma o profissional. Apesar de ser mais raro, medicamentos ou doenças metabólicas e intestinais, como hipotireoidismo, também podem provocar constipação intestinal.
Lisboa conta que a prisão de ventre não traz consequências graves para o organismo, apenas um grande desconforto quando o indivíduo fica muitos dias sem conseguir evacuar. Para prevenir o problema, é importante consumir fibras, que são encontradas em grãos, frutas, verduras, como alface e couve, e cereais, como milho, lentilha e aveia. O consumo de, no mínimo, dois litros de água também é essencial e outros líquidos, como leite e sucos, também são recomendados.
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