Existem diversos tipos de vírus que causam resfriado e, por isso, é comum que se enfrente o problema tantas vezes na vida. Sempre que o sistema imunológico reconhece um agente agressor, como um vírus, o corpo é preparado para uma “guerra”. As células do sistema imune entram em alerta e são ativadas para combater a invasão.
“Na defesa do corpo contra o resfriado, entram em ação células que trabalham como ‘comedoras de vírus’, anticorpos e mediadores de inflamação, os quais ampliam e chamam mais células para a ‘batalha’”, informa a imunologista Roberta Rodrigues. Essa dinâmica é igual em todas as faixas etárias, a diferença entre elas é a frequência de infecções e resfriados.
Crianças podem ficar resfriadas mais de 10 vezes no ano
No caso das crianças, por exemplo, a grande exposição delas a vírus em geral, associada à imaturidade do seu sistema imune, facilita um maior número de infecções virais. Até os 4 anos, são muito frequentes, em média, oito resfriados por ano. As crianças que frequentam creche podem ter de oito a 12 resfriados por ano, o que equivale a uma infecção a cada 30/ 45 dias.
“Em certas situações, o início muito cedo na creche ou escola pode ser um grande problema para algumas crianças. Cada caso é particular e, às vezes, a melhor solução é adiar o início da escola para preservar a imunidade da criança até o seu amadurecimento. Isso é avaliado com cuidado com os pais e o médico da criança, levando em conta o melhor dentro do contexto”, afirma Dra. Roberta.
Cuidados para diminuir a frequência de resfriados em crianças
Para diminuir as chances dos pequenos terem muitos resfriados, é essencial que os pais cuidem constantemente da imunidade de seus filhos, proporcionando a eles hábitos de vida saudáveis. “Alimentação diversificada e balanceada é fundamental no funcionamento e manutenção de um sistema imunológico saudável, assim como manter hábitos básicos de higiene (lavar bem as mãos antes das refeições e depois de usar o banheiro); manter as crianças sempre em locais ventilados e arejados; entre outros”, recomenda a especialista.
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