Pacientes com alergias respiratórias, como asma e DPOC, tendem a sofrer mais que o normal com a poluição, tendo em vista que os agentes poluentes atuam como irritantes que prejudicam os quadros das doenças em questão. Essa irritação pode, aos poucos, resultar em crises no futuro, provocando, principalmente, falta de ar.
Influência da poluição em quadros de alergias respiratórias
“Os poluentes são irritantes das vias aéreas, enquanto os alérgenos são desencadeadores das crises de alergias respiratórias. Os poluentes também podem provocar um broncoespasmo (falta de ar, chiado e tosse) pela irritação, mas com os alérgenos o efeito é imediato”, informa o pneumologista e geriatra José Eduardo Martinelli.
O especialista cita alguns exemplos de agentes irritantes comuns no dia a dia, além da poluição genérica, como: fumaça de cigarro, ar condicionado e cheiro de óleo diesel. Como é muito difícil se livrar totalmente do contato com estes irritantes, aos poucos eles vão criando condições para que o paciente com alguma alergia respiratória venha a ter, futuramente, um broncoespasmo (crise).
Alérgenos nos casos de asma e DPOC
“Os alérgenos, por sua vez, são substâncias que provocam crises imediatas em pacientes com asmáticos ou com bronquite. Os corantes de bebidas e alimentos são exemplos clássicos de alérgenos. Já em relação aos alérgenos respiratórios, mais especificamente, podemos citar o mofo/bolor (ácaro); pelo de animais (gatos, cachorros, etc.) e odores fortes, como o de determinados perfumes, por exemplo”, complementa o médico.
Vale ressaltar que o paciente asmático ou com DPOC geralmente sabe a diferença entre irritantes e alérgenos, justamente pela diferença grande de impacto no sistema respiratório entre ambos. “Eu costumo dizer que é bom sempre perguntar ao paciente, antes de tudo, qual o alérgeno que ativa suas crises, pois ele quase sempre sabe, por sua própria vivência”, conclui o profissional.
Foto: Getty Images