Engana-se quem pensa que skincare são cuidados meramente estéticos: uma rotina de atenção com a pele é, antes de tudo, uma questão de saúde e pode evitar doenças como o câncer de pele. Segundo estudos realizados pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA), este é o tipo de câncer mais frequente no Brasil, correspondendo a aproximadamente 30% dos tumores malignos registrados no país. Por isso, é muito importante se informar sobre esse problema e saber como preveni-lo! Quem dá as dicas é a dermatologista Juliana Fonte. Confira!
Fatores de risco: câncer de pele é hereditário? Quais são os sintomas?
De acordo com Dra. Juliana, a exposição solar é a principal causa do câncer de pele e, portanto, o uso do protetor solar é uma das medidas mais importantes de prevenção, mas há outros fatores que podem favorecer o surgimento da doença. “Pessoas com pele clara e olhos claros, que trabalham expostas ao sol ou se expõem em câmaras de bronzeamento e pessoas que estão com a imunidade deprimida por doenças ou medicação são mais propensas a desenvolver esse tipo de câncer”. Segundo a dermatologista, uma história prévia ou familiar da doença também pode ser um fator de risco.
Mas, afinal, quais os sintomas do câncer de pele? “Uma lesão na pele de aparência elevada e brilhante, translúcida, avermelhada, castanha, rósea ou multicolorida, com crosta central e que sangra facilmente; uma pinta preta ou castanha que muda de cor, textura, torna-se irregular nas bordas e cresce de tamanho; uma mancha ou ferida que não cicatriza, que continua a crescer e apresenta coceira, crostas, erosões ou sangramento. Todos esses são tipos de manchas que podem ser câncer de pele. Na presença de qualquer um desses sintomas é importante procurar um médico dermatologista para diagnóstico e tratamento adequados”, explica Dra. Juliana.
Diagnóstico precoce aumenta chances de cura
Muita gente não sabe, mas o câncer de pele é dividido em dois subtipos: o melanoma e o não melanoma. Os sinais do câncer de pele não melanoma são os mais frequentes e ocorrem em áreas mais expostas ao sol, como o rosto, o pescoço e a região das orelhas. Procurando um dermatologista assim que surgirem os primeiros sinais, as chances de cura são bem altas. Já o melanoma é um tipo mais raro e grave da doença. Caso não seja detectado em sua fase inicial, pode levar ao óbito.
O câncer de pele tem tratamento específico, sendo a cirurgia a recomendação mais comum na maioria dos casos. Porém, também é possível apostar em outros tratamentos, como a radioterapia, a quimioterapia e a terapia fotodinâmica, bem como a imunoterapia tópica.
Mais importante do que tratar, no entanto, é prevenir. A dermatologista dá as principais dicas para evitar a doença com alguns hábitos básicos. “É muito importante o uso de protetor solar, evitar exposição solar excessiva e, consequentemente, queimaduras solares, bronzeamento artificial e exposição solar das 10h às 15h. Também é essencial fazer o autoexame e visitar o dermatologista regularmente para revisão da pele”, finaliza Dra. Juliana.
Dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA): https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-pele-melanoma
https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-pele-nao-melanoma