O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa e progressiva que atinge com mais frequência os idosos acima de 65 anos, sendo marcada, principalmente, pela perda de memória recente. Atualmente há diversos tratamentos disponíveis, porém nesta fase avançada da doença, o paciente está com suas capacidades mais comprometidas e sua qualidade de vida tende a diminuir. Com isso, parentes e cuidadores podem enfrentar dificuldades ainda maiores.
É possível postergar o avanço da doença de Alzheimer. Para isso, é fundamental procurar auxílio médico assim que surgirem os primeiros sinais. O diagnóstico precoce e um acompanhamento contínuo feito com um especialista permitem desacelerar a piora do quadro e fazer o ajuste das medicações conforme for necessário, o que dará mais qualidade de vida ao idoso.
Para esclarecer as dúvidas acerca do Alzheimer avançado, convidamos a geriatra Thaisa Motta. Confira!
Quais os sintomas do Alzheimer avançado?
De acordo com Dra. Thaisa, a progressão da doença pode variar de paciente para paciente. “Existe a fase grave, em que o paciente encontra-se completamente dependente para as atividades de vida diária, como se alimentar, realizar sua higiene e incontinência urinária e fecal. Na fase terminal, o paciente encontra-se acamado, muitas vezes com disfagia (dificuldade de deglutição) e é muito frequente as infecções de repetição (pneumonia e/ou infecção urinária)”, explica a médica.
A geriatra destaca a situação dos idosos que permanecem no leito por longos períodos: “O paciente acamado pode apresentar perda de massa muscular, emagrecimento e maior suscetibilidade à intercorrências clínicas – desidratação, infecções e constipação intestinal são alguns exemplos”. O ideal é que o médico seja consultado para saber se há a possibilidade de adoção de exercícios de fisioterapia para Alzheimer avançado. É imprescindível a orientação profissional em conjunto com um fisioterapeuta.
Avanço do Alzheimer: cuidadores também merecem atenção
É importante atentar para o fato de que, nos casos de Alzheimer avançado, não é só o doente que sofre. A família e os cuidadores também. A médica revela a importância de dedicar atenção a quem acompanha o paciente ao longo de sua enfermidade, fomentando o diálogo e priorizando a saúde mental e física, principalmente do cuidador, que está em contato direto com o portador de Alzheimer durante todo o tempo.
“É importante a rede de apoio ao cuidador e a divisão de tarefas entre os familiares”, recomenda Dra. Thaisa. “A organização de uma rotina para que o cuidador tenha tempo para se cuidar e encontrar tempo para também realizar suas atividades de lazer é fundamental para preservar sua saúde e, assim, poder prestar um cuidado adequado”, finaliza a geriatra.