Não há uma cura definitiva para o herpes, já que, uma vez infectado, o indivíduo não elimina o vírus do corpo. Contudo, o tratamento adequado ajuda a impedir que o vírus se manifeste no seu organismo. Além disso, interromper prematuramente o tratamento contribui para que o vírus se torne resistente à medicação – o que tem menor probabilidade de acontecer quando você utiliza o medicamento pelo tempo adequado de tratamento.
“O problema de abandonar o tratamento é que isso permite que o vírus crie resistência contra o medicamento que está em uso. Com isso, ele pode não funcionar mais, sendo necessário o uso de medicamentos mais caros ou mais difíceis de serem encontrados. Sendo assim, sugere-se fazer o tratamento até o sumiço das vesículas”, explica a dermatologista Gabriella Albuquerque.
Imunidade baixa ativa vírus do herpes
Estima-se que 90% das pessoas tenham o vírus do herpes em seu organismo, mas somente 15% deste número desenvolve os sintomas. Isso demonstra o caráter latente do vírus, ou seja, mesmo tendo potencial para manifestar sintomas ele pode se manter “adormecido”. Esse potencial muitas vezes é despertado quando as defesas do seu organismo estão enfraquecidas.
Todo tipo de situação que provoca queda da imunidade (estresse, infecções virais e bacterianas, exposição excessiva ao sol) pode fazer com que o vírus se encaminhe até a camada mais superficial da sua pele e lá provoque uma ferida, que é o sintoma mais característico do herpes. Os locais mais acometidos são a boca e a região genital.
Tratamento do herpes com medicamentos
Naturalmente, cuidar da imunidade é um passo importante para controlar o herpes, mas outros métodos do tratamento também merecem destaque, como o uso de medicamentos. Existem remédios de tipos distintos, como antivirais e tópicos para serem aplicados nas feridas (pomadas). Há ainda aqueles ricos em lisina, um aminoácido que diminui a multiplicação do vírus do herpes dentro das células do seu corpo. Uma vantagem da lisina em relação a outras terapias medicamentosas é que o vírus não adquire resistência à lisina, o que aumenta o sucesso do tratamento para a redução das manifestações do herpes.
Dra. Gabriella Albuquerque é dermatologista formada pela Universidade Federal Fluminense (UFF), membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e atua no Rio de Janeiro. CRM-RJ: 71503-4 – Site oficial
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