A umidade do ar se torna um problema para pacientes com asma quando atinge os extremos, ou seja, quando está significativamente mais baixa ou mais alta que o padrão. Em ambos os casos, os quadros de asma tendem a piorar, com os sintomas se agravando e as crises se tornando mais frequentes.
Como os extremos de umidade atrapalham os asmáticos?
“A umidade do ar estar alta influencia a qualidade de vida dos asmáticos, pois favorece o crescimento de fungos e ácaros no ambiente domiciliar, o que piora a inflamação das vias aéreas. Com isso, aumentam os sintomas e o uso das medicações de resgate, além da piora da função pulmonar dos pacientes”, explica a pneumologista Renata Viana.
Nos dias de tempo seco e umidade do ar baixa, por outro lado, a vida dos asmáticos fica mais difícil por outros fatores. Nessa situação os gases poluentes se dispersam com mais dificuldade e ocorre o ressecamento das mucosas das vias aéreas, o que aumenta as chances de ocorrerem crises alérgicas e infecções.
Formas de evitar que a umidade prejudique um quadro de asma
Para que os extremos de umidade do ar não atrapalhem a qualidade de vida dos asmáticos, recomenda-se adotar medidas preventivas. Aumentar a ventilação do ambiente, evitar acúmulo de roupas em armários (favorece o crescimento de mofo), consertar vazamentos em paredes e banheiros, tudo isso pode auxiliar na redução dos prejuízos causados pela umidade.
O uso de umidificadores e vaporizadores também deve ser desestimulado em famílias de asmáticos, pois eles aumentam a umidade e estimulam a proliferação de fungos no ambiente. “Por outro lado, o uso de desumidificadores ainda precisa de mais evidência científica para comprovação em relação à redução do risco de asma. Sua utilização deve ser realizada com cautela, já que ressecam o ambiente e podem estimular tosse seca irritativa”, completa a pneumologista.
Foto: Shutterstock