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A picada do Aedes aegypti gera alguma reação incomum na pele ou parece uma picada comum de mosquito?

Dengue e Febre amarela
Sintomas

Por Dra. Diana Ventura

19 de outubro de 2023

Conhecido por ser o mosquito transmissor de doenças como a dengue e febre amarela, o Aedes aegypti não provoca nenhuma lesão ou irritação na pele com a sua picada, a qual costuma passar despercebida, sem causar coceira ou dor. Mais do que isso, o mosquito não dá nem sinal de que está por perto, já que é discreto e ágil.

 

Picada do Aedes aegypti é feita somente pela fêmea

“Apenas a fêmea do Aedes aegypti pica, pois precisa do sangue humano para colocar seus ovos. Em sua saliva há substâncias anestésicas e anticoagulantes. Dessa forma, ela suga o sangue humano à vontade, sem que ocorra coagulação e sem provocar nenhum incômodo”, explica a infectologista Diana Ventura.
O A. aegypti tem hábitos diurnos, se alimenta preferencialmente nas primeiras horas da manhã ou antes do pôr-do-sol. Como costuma voar baixo, os locais do corpo mais atacados são as pernas e os pés. “Seu criadouro típico são áreas com acúmulo de água preferencialmente limpa, como caixas-d’água destampadas, pneus velhos e garrafas em áreas desprotegidas que acumulam água da chuva”, afirma Diana.

 

Formas de evitar as picadas do Aedes aegypti e suas consequências

Por outro lado, o pernilongo (espécies do gênero Culex) é mais facilmente percebido na hora de se alimentar, pois, além dos zumbidos gerados pelo seu vôo, sua picada gera incômodo local, habitualmente produzindo irritação cutânea e bastante coceira. As semelhanças entre os dois mosquitos se resumem no local de atuação e na busca por sangue. “Ambos são insetos urbanos e domiciliados que precisam do sangue humano para a postura dos ovos”, explica a infectologista.  
Já que a picada do Aedes aegypti não apresenta sinais na pele e sua presença quase não é percebida, isso reforça a necessidade de seguir à risca todas as recomendações para evitar a proliferação desse mosquito em locais próximos à sua residência. Deve-se, portanto, adotar alguns cuidados básicos de nível domiciliar, como evitar água parada (seja em vasos de plantas, calhas e caixas d’água) e utilizar telas de proteção, repelentes e mosquiteiros.    

 

Dra. Diana Galvão Ventura é especialista em doenças Infecto-parasitárias e mestre em microbiologia médica humana pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), além de chefe do serviço de controle de infecção hospitalar do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, FIOCRUZ-RJ. CRM-RJ: 5272472-6
Foto: Shutterstock

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