Basta a temperatura voltar a subir para um velho problema brasileiro reaparecer: o Aedes aegypti, popularmente conhecido como mosquito da dengue e que também pode transmitir zika, chinkungunya e febre amarela por meio de sua picada. Segundo o Ministério da Saúde, entre janeiro e abril de 2017, o inseto típico de áreas tropicais e subtropicais foi responsável por cerca de 113 mil casos de dengue.
Picada do mosquito da dengue não coça nem dói
No entanto, nem toda picada do Aedes aegypti é capaz de infectar os humanos com o vírus. “Apenas as fêmeas contaminadas pelo vírus transmitem dengue e, para que se infectem, elas precisam sugar o sangue de alguém doente”, afirma a infectologista Marina da Rós Malacarne. Dez dias depois, as fêmeas terão o vírus nas glândulas salivares e poderão transmitir a doença.
No momento da picada, é difícil perceber a ação do Aedes aegypti, já que o inseto não deixa qualquer sinal na pele. “A saliva do mosquito tem uma série de substâncias analgésicas e anticoagulantes que fazem com que não notemos o mosquito durante a picada. Ela não dói, não coça e não deixa marcas“, alerta a profissional.
Repelentes ajudam a evitar a picada do mosquito
Por causa dessas particularidades, é essencial adotar algumas medidas para se prevenir, como eliminar focos de água parada e sempre utilizar repelentes. Preferir usar roupas que escondam a pele também é uma medida inteligente. “O mosquito não voa alto e tem predileção por picar no amanhecer e no entardecer, mas isso pode acontecer em qualquer hora do dia”, afirma a médica.
Depois do período de incubação do vírus no organismo humano, que varia entre 4 e 10 dias, a dengue começa a apresentar seus primeiros sintomas. A febre é súbita e alta, acima dos 38 ou 39 graus e o paciente sente dores por todo o corpo, incluindo nos músculos e nas articulações, dores de cabeça, cansaço intenso, enjoo, vômito e manchas avermelhadas na pele.
Foto: Shutterstock