A osteoporose é uma doença que afeta tanto os homens quanto as mulheres, embora sua principal complicação seja mais frequente no sexo feminino: segundo a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional de São Paulo, 1 a cada 3 mulheres com mais de 50 anos sofre uma fratura óssea, contra 1 a cada 5 homens da mesma idade. Neles, a osteoporose costuma se manifestar mais tarde. Descubra os motivos logo abaixo.
Osteoporose é menos frequente entre os homens
“A osteoporose no sexo masculino, pode ser mais agressiva e perigosa do que no feminino, porém também é mais tardia, já que o pico de massa óssea (reserva de osso) ocorre entre 18 e 40 anos, mais tarde que na mulher, quando o pico fica entre 14 e 30 anos. Os homens ainda atingem um pico de massa óssea 8% a 10% maior que as mulheres”, afirma o ortopedista Paulo Kanaji.
Entretanto, isso não significa que os homens só devem se preocupar com as medidas de prevenção na terceira idade. Quanto mais cedo, melhor. Essas medidas envolvem o consumo adequado de alimentos ricos em cálcio e vitamina D ao longo de toda a vida, prática regular de exercícios físicos e exposição à luz solar diariamente pela manhã ou no fim da tarde e são ainda mais importantes para quem tem um ou mais fatores de risco.
Como é o diagnóstico da doença nos homens?
Assim como nas mulheres, a osteoporose geralmente não causa sintomas nos homens. Esta situação, aliada à menor frequência dos homens nos consultórios médicos, pode dificultar o diagnóstico precoce. “É possível descobrir a doença por meio da avaliação dos fatores de risco e de alguns exames, como o de densitometria óssea, que mede a massa óssea do possível portador e estuda o metabolismo ósseo”, informa o especialista.
É possível desconfiar que o paciente é portador de osteoporose quando surgem fraturas ou microfraturas, que causam dores agudas no local. Outra forma de identificar a doença, segundo Dr. Kanaji, é observar se o paciente está ficando corcunda e se está perdendo altura progressivamente, outras consequências da osteoporose.
Dados da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional de São Paulo (SBEM-SP): https://www.sbemsp.org.br/para-o-publico/noticias/116-conheca-os-numeros-da-osteoporose