A endometriose acomete mulheres adultas em variadas faixas etárias, desde a juventude até a meia idade. A intensidade dos sintomas e o desenvolvimento do tratamento variam de acordo com cada caso, mas não necessariamente conforme a idade da paciente. Ou seja, ser jovem não é garantia de sintomas mais brandos e tratamento mais fácil do que no caso de mulheres de idade mais avançada.
Endometriose na juventude
“A endometriose não necessariamente será mais fácil de tratar na juventude. Independente da idade, a doença costuma ser classificada em leve, moderada e grave. Os casos leves e moderados, quando diagnosticados mais precocemente, podem seguir, inicialmente, com o tratamento clínico, não necessitando de abordagem cirúrgica”, informa a ginecologista Ive Franca.
Segundo a especialista, os médicos que acompanham pacientes jovens com endometriose devem priorizar o tratamento clínico com medicamentos para controle da dor. “Evitar a cirurgia nestas pacientes, quando possível, é muito importante, uma vez que elas podem necessitar de novas abordagens no futuro, o que as torna pessoas com cirurgias de repetição ainda bem novas”, explica a médica.
O tratamento convencional da endometriose, indicado antes da intervenção cirúrgica, consiste, principalmente, no uso de medicamento específico, hormonal, para controle das dores. Vale ressaltar que a grande queixa das pacientes é a dor abdominal, em forma de cólica. Também é comum dor em outras áreas do corpo, como costas, além de dor durante a relação sexual.
Importância do tratamento precoce
Quanto mais cedo a paciente buscar um diagnóstico e, caso confirmado, iniciar o tratamento, maiores as chances de recuperação. Demorar para buscar ajuda apenas prolonga o incômodo com os sintomas e torna o quadro mais complicado. Sendo assim, quando a situação se torna insustentável e a paciente recorre a um especialista, o tratamento simples pode não ser o suficiente e a opção viável já se torna a cirurgia de endometriose.
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