O sistema imunológico é o responsável por defender o corpo da ação de micro-organismos causadores de doenças, como vírus, fungos e bactérias. Durante a pandemia do novo coronavírus, além das medidas de higiene pessoal que ajudam a conter o avanço da COVID-19, os órgãos de saúde também recomendam algumas medidas para fortalecer o sistema imune, como a prática de exercícios, especialmente para a imunidade das crianças, já que a falta de atividades físicas durante a quarentena pode afetá-las consideravelmente.
A falta de atividades físicas prejudica o desenvolvimento infantil
Diferentemente dos adultos, a barreira imunológica das crianças ainda está em desenvolvimento. Portanto, a ausência de atividades físicas pode ter um impacto ainda maior sobre a saúde dos pequenos. Por isso, durante a quarentena, o ideal é que os pais tentem manter as crianças ativas, mesmo dentro de casa.
“A falta de rotina e de atividade física podem levar a danos não apenas no sistema imunológico, mas também ao desenvolvimento como um todo, visto que a socialização faz parte do desenvolvimento das crianças. Ajudar nas atividades domésticas é uma boa opção, desde que isso não represente riscos à saúde delas”, recomenda a imunologista Cláudia Lobo Cesar. Para a especialista, é importante realizar as atividades em horários preestabelecidos, dando preferência àquelas que envolvam todos os membros da família, como dançar, pular corda, fazer polichinelo, brincar de esconde-esconde, dança das cadeiras e jogos de tabuleiro.
“Vários estudos já comprovaram os benefícios da atividade física no fortalecimento imunológico. Exercícios físicos regulares promovem o aumento de determinadas células que compõem nosso sistema imunológico, como os linfócitos e as células natural killers. Os exercícios também diminuem o estresse, que pode desregular o equilíbrio entre os sistemas nervoso, endócrino e imunológico”, explica Dra. Cláudia.
Estresse emocional afeta a imunidade das crianças
Segundo a médica, é preciso também prestar atenção na alimentação dos pequenos e na saúde mental, uma vez que a quarentena pode ser um período de grande ansiedade, levando, inclusive, ao aumento do consumo de produtos industrializados. “O isolamento social facilita o estresse tóxico, quando o tempo e a intensidade do estresse se tornam nocivos, levando a distúrbios mentais que podem muitas vezes ser irreversíveis para as crianças. Esse tipo de , assim como o exagero em alimentos extremamente processados, como é o caso dos fast food”, alerta a profissional.