A endometriose é caracterizada pela presença do endométrio, o tecido que reveste o interior do útero, fora da cavidade uterina. Segundo a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), 10% das mulheres em idade reprodutiva sofrem com a doença e seus sintomas, que não incluem mudanças no fluxo menstrual.
Endometriose não costuma influenciar no fluxo da menstruação
“É muito improvável que uma alteração de fluxo menstrual tenha como causa a endometriose, pois nessa doença, o sangramento anormal ocorre dentro da cavidade pélvica e não na via vaginal”, afirma a ginecologista e obstetra Raphaella Bristot Silveira.
O sintoma mais comum da endometriose, doença que pode afetar a bexiga, o intestino, os ovários e outros órgãos, é a cólica menstrual. As mulheres podem ainda apresentar dor na relação sexual, desconforto ao urinar, fezes e urina com sangue e . No entanto, de acordo com a médica, cerca de 20% das pacientes não sentem nada.
Alteração no fluxo menstrual pode ser causada por hipotireoidismo
Mesmo não sendo um dos sintomas da endometriose, uma mudança importante no fluxo menstrual, seja em relação ao volume de sangramento ou à sua frequência, deve levantar suspeitas. É importante que a mulher se consulte com um ginecologista para verificar se essa alteração é resultado do desenvolvimento de outro problema grave de saúde.
“Existem várias causas possíveis para alteração do fluxo menstrual e as hormonais são as mais comuns: síndrome dos ovários policísticos, hipotireoidismo, perimenopausa e até o estresse pode alterar a menstruação”, cita Raphaella. Após a descoberta da causa e com o tratamento adequado, o fluxo pode voltar a se regularizar.
Dados da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo): https://www.febrasgo.org.br/pt/noticias/item/126-endometriose-e-fiv?highlight=WyJlbmRvbWV0cmlvc2UiXQ==
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