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    O que é esquizofrenia residual? Psiquiatra explica!

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    A esquizofrenia é um transtorno psiquiátrico em que o doente ouve vozes e vê pessoas que não existem. Além disso, casos em que os pacientes acreditam estarem sendo perseguidos ou ameaçados são frequentes. Como é um quadro complexo e com várias particularidades, a doença foi dividida em alguns subtipos. Um deles é a esquizofrenia residual.

     

    Dificuldade para expressar emoções faz parte da esquizofrenia residual

     

    “Esquizofrenia residual é um quadro mais tardio, em que os sintomas chamados de ‘negativos’ passam a ser mais proeminentes”, afirma a psiquiatra Paula Alves. Nestes casos, os delírios e alucinações, que fazem parte dos sintomas positivos, apesar de ainda presentes, são menos evidentes que as mudanças de comportamento.

    Os sintomas negativos da esquizofrenia estão ligados ao embotamento afetivo e à falta de vontade. Podem ser citados a lentificação motora, hipoatividade, passividade e falta de iniciativa, falta de cuidados pessoais e pouca comunicação verbal e não-verbal, o que inclui redução nos gestos, contato ocular, expressões faciais e até mudanças no tom de voz.

     

    Continuação do tratamento é essencial para esquizofrenia residual

     

    Quem tem mais dificuldade para tratar estes sintomas precisa receber cuidados especiais. “Pacientes com esquizofrenia residual necessitam de acompanhamento constante, o que inclui não só medicações, mas também suporte psicossocial”, recomenda a profissional. A ajuda da família, de psicólogos e assistentes sociais colabora para melhorar o funcionamento social do paciente, facilitando sua reinserção na sociedade e reduzindo as crises.

    Continuar utilizando os medicamentos recomendados pelo médico é essencial para que os sintomas negativos também sejam controlados. Ao deixar os remédios de lado, há risco de piora do quadro, com a volta de delírio e alucinações e maiores chances de internação. As medicações geralmente utilizadas são os antipsicóticos, mas existem também outros tipos. Por isso, é importante conversar com o psiquiatra, que vai conduzir o tratamento da melhor forma para cada caso.

     

    Dra. Paula Alves é psiquiatra, formada em Medicina pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro e atende no Rio de Janeiro. CRM-RJ: 52-98519-8

     

    Foto: Shutterstock

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