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    Antipsicóticos: como estes medicamentos agem no cérebro?

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    Os medicamentos antipsicóticos foram inicialmente desenvolvidos para tratar sintomas chamados de psicóticos, como os vistos em pessoas que sofrem com a esquizofrenia. A doença é caracterizada por alucinações e delírios e o paciente acredita estar sendo perseguido por alguém, muitas vezes, imaginário e acaba se isolando das pessoas e do mundo. Os homens possuem mais diagnósticos que as mulheres, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

    Medicamentos antipsicóticos atuam nos neurotransmissores


    “Os antipsicóticos agem na organização da neurotransmissão cerebral, que envolve neurotransmissores, como a serotonina e, principalmente, a dopamina“, explica o psiquiatra Miguel Angelo Boarati. Os medicamentos têm como objetivo bloquear a ação da dopamina, já que é seu excesso que causa alterações de comportamento e provoca os sintomas da doença. 

    No entanto, estudos mostraram que alguns antipsicóticos podem ser utilizados em outros problemas psiquiátricos. Além da esquizofrenia, esses remédios funcionam também como estabilizadores de humor no transtorno bipolar e agem em sintomas inespecíficos, como agressividade, instabilidade e irritabilidade, que ocorrem em outras doenças mentais. É o caso do autismo e da demência, por exemplo.  

    Tratamento da esquizofrenia é para a vida toda


    O uso dos antipsicóticos é a principal forma de combate à esquizofrenia. “A medicação é essencial para o tratamento. Sem ela, o paciente não se estabilizará e manterá os sintomas e a progressão da doença mental”, afirma Boarati. Existem ainda outras medidas importantes para o tratamento. O indivíduo deverá se consultar com psicólogos, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais para a reabilitação cognitiva e da linguagem e para que seja capaz de se reintegrar socialmente.

    No caso da esquizofrenia, o paciente precisará de medicação por toda a vida, já que se trata de uma doença crônica, com potencial de progredir e causar deterioração mental. Todos os casos precisam de avaliação constante de um médico especialista, como acontece com outras doenças crônicas, como hipertensão e diabetes.
    Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS): https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/schizophrenia

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