Estima-se que cerca de 1% da população mundial sofre com a esquizofrenia. No Brasil, o número pode chegar a 2,5 milhões de pessoas. É uma doença séria, cujos pacientes são vítimas de preconceito e da falta de informação, o que dificulta o diagnóstico e a busca por tratamento adequado.
Pacientes esquizofrênicos devem receber ajuda logo depois da descoberta da doença. “A esquizofrenia é considerada uma doença do neurodesenvolvimento e pode ser progressiva e degenerativa. O tratamento precoce previne a degeneração mental do quadro e pode até interromper a progressão da doença”, afirma o psiquiatra Eduardo Aratangy.
Respostas ao tratamento
Ou seja, quanto mais cedo o tratamento for iniciado, maiores as chances do paciente manter uma boa qualidade de vida. No entanto, o transtorno não tem cura e seu prognóstico é variável. “Podemos dizer que aproximadamente um terço dos pacientes não vai piorar, outro terço vai ter crises eventuais, que trazem grande prejuízo pessoal, mas que conseguem se recuperar com algumas dificuldades”, explica o psiquiatra.
Já o último terço, segundo Aratangy, deverá apresentar um quadro de piora progressiva. Por outro lado, ele afirma que o avanço da medicina possibilitou o desenvolvimento de novas medicações e novas abordagens terapêuticas que têm transformado o tratamento e melhorando as condições dos pacientes.
Como funciona o tratamento
O tratamento segue duas diretrizes principais: “A primeira é o uso de medicações, chamados de antipsicóticos. Elas controlam os principais sintomas, como as alucinações e delírios. A segunda é o investimento em funcionalidade e qualidade de vida”, explica o psiquiatra. Nesta categoria, ele inclui as psicoterapias, a terapia ocupacional e outros tratamentos que auxiliam o paciente a realizar atividades do dia a dia e a manter sua vida independente.
Dr. Eduardo Wagner Aratangy é psiquiatra, formado pela USP e atua em São Paulo. CRM-SP: 116020