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    Qual é diferença de transtorno de personalidade borderline e transtorno bipolar?

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    Fazer a diferenciação entre o transtorno de personalidade borderline e do transtorno bipolar é difícil, pois ambos apresentam uma característica bastante similar, que é a alternância de humores opostos. Ou seja, o paciente em um momento está se sentindo eufórico e no outro apresenta comportamentos depressivos. Para obter o diagnóstico preciso de um ou do outro, é necessário cuidado e atenção aos detalhes.

    Diferenças entre transtorno de personalidade borderline e transtorno bipolar

     

    “O transtorno bipolar é uma doença que envolve desregulação mais espontânea e duradoura do humor. Dura pelo menos uma ou duas semanas com humor persistentemente eufórico, irritável ou deprimido, em geral. Já no transtorno de personalidade borderline, essa desregulação do humor é mais fugaz e influenciada por eventos exteriores. O paciente experimenta eventos de vida com emoções ruins de forma muito mais intensa, mas dentro de algumas horas estão de volta à normalidade”, explica o psiquiatra Giovani Missio.
    Outra diferença importante apontada pelo especialista: as alterações de humor no transtorno bipolar vêm acompanhadas de outros sinais e sintomas, como alterações no sono, no apetite, na energia, na concentração etc. Já no transtorno de personalidade borderline, o que acompanha as alterações emocionais são os comportamentos mal adaptativos.
    “Esses comportamentos mal adaptativos são ferramentas psicológicas inadequadas para lidar com o estresse. Exemplo: se cortar para que a dor física ajude a afastar uma emoção ruim. Outro comportamento característico do borderline é o ‘apego inseguro’. Nele, o paciente se apresenta dependente emocionalmente”, explica o psiquiatra.

    Tratamento do transtorno de personalidade borderline e do transtorno bipolar

     

    Assim como em outros transtornos mentais, o tratamento pode ser feito com psicofármacos e psicoterapia. “Os psicofármacos, especialmente os estabilizadores de humor, são de uso comum no tratamento do transtorno bipolar. Já a psicoterapia é imprescindível no tratamento do transtorno de borderline”, afirma Missio.

     

    Quando pensar em depressão?

     

    Tristeza não é sinônimo de depressão. O episódio depressivo se caracteriza pela presença, por pelo menos 2 semanas consecutivas, de 5 das 9 manifestações a seguir, ocorrendo na maior parte do dia, quase todos os dias; obrigatoriamente uma das manifestações deve ser humor deprimido ou perda do prazer em atividades:

    – Humor deprimido: sentir-se triste, sem esperança; isso pode ser percebido por outras pessoas;

    – Diminuição ou perda do prazer em atividades: menor interesse em passatempos ou em atividades que anteriormente o indivíduo considerava prazerosas; o individuo muitas vezes fica mais retraído socialmente;

    – Inquietação ou estar mais lento que seu habitual, e isso é percebido por outras pessoas;

    – Alteração de apetite e/ou de peso: pode ser para mais ou para menos, ou seja, pode ocorrer (de forma não intencional) aumento de apetite, aumento de peso, redução de peso, redução de apetite (exemplo: o indivíduo precisa se esforçar para se alimentar);

    – Alteração do sono: excesso de sono ou insônia;

    – Fadiga ou falta de energia: cansaço mesmo sem esforço físico pode ser relatado pelo indivíduo, bem como dificuldade em realizar tarefas;

    – Sentimentos de inutilidade ou de culpa excessiva ou inapropriada: o indivíduo pode, por exemplo, ficar ruminando pequenos fracassos do passado;

    – Dificuldade de se concentrar ou de pensar: os indivíduos podem se queixar de dificuldades de memória;

    – Pensamentos de morte ou planejamento para cometer suicídio.

    Tais alterações representam mudança em relação ao funcionamento anterior do indivíduo, e causam sofrimento e/ou prejuízos no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo.

    Lembre-se: depressão não é só no setembro amarelo! Se você sentir que está diferente do seu habitual ou notar diferença em alguém com quem convive, procure ou oriente a procura de ajuda médica e psicológica!

    Este material tem caráter meramente informativo e não tem a intenção de substituir avaliação ou conduta médica. Siga sempre as orientações de seu médico assistente.

    Foto: Shutterstock

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