Caduquice? Esclerose? Conheça nomes errados da doença de Alzheimer
REDAÇÃO CUIDADOS PELA VIDA /
- COLABORARAM NESTE CONTEÚDO:
- Dra. Thaísa Segura da Motta Rosa
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A doença de Alzheimer é conhecida por causar a perda progressiva da memória em um idoso, além de mudar seu comportamento e dificultar sua capacidade de raciocinar. Apesar de o nome correto do problema ser doença de Alzheimer, é comum ouvir pessoas falando “mal de Alzheimer” e utilizando ainda outros termos errados, que contribuem já para a desinformação da população sobre os sintomas e outros aspectos importantes da doença.
Pacientes com doença de Alzheimer não devem ser chamados de esclerosados
Segundo a geriatra Thaísa Segura da Motta Rosa, os termos “esclerose” e “caduco” são utilizados pela população leiga para se referir, respectivamente, à doença de Alzheimer e aos pacientes que têm o distúrbio. O uso do termo esclerose vem da arteriosclerose, doença que deixa as artérias mais duras e estreitas, num processo associado ao envelhecimento do corpo.
No entanto, a médica destaca que até mesmo alguns profissionais da área da saúde acabam utilizando nomes errados, como “demência senil”. Na verdade, a palavra demência se refere a um conjunto de doenças que afetam as capacidades cognitivas e a funcionalidade dos idosos. Apesar de ser o tipo mais comum de demência, a doença de Alzheimer não é o único exemplo.
Doença de Alzheimer é um tipo de demência
“Cada tipo de demência tem suas características, evolução e tratamento próprios. Algumas, inclusive, são reversíveis, como a causada por deficiência da vitamina B12 ou secundária a alterações na tireoide”, explica a especialista. A generalização das demências, chamando-as sempre de doença de Alzheimer, atrapalha o diagnóstico e o tratamento corretos.
Falar esclerose, demência, caduquice ou qualquer outro termo considerado errado para se referir à doença de Alzheimer é um hábito que precisa ser evitado. “O uso desses nomes acaba subdiagnosticando e subtratando uma doença que tem tratamento e cuja condução correta altera significativamente a qualidade de vida do paciente“, afirma a profissional.
Dra. Thaísa Segura da Motta Rosa é geriatra, formada pela Universidade Federal de São Paulo e membro da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia. CRM-SP: 133363
Foto: Shutterstock
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Dra. Thaísa Segura da Motta Rosa
Geriatria
CRM: 133363 / SP
- 9 comentários para "Caduquice? Esclerose? Conheça nomes errados da doença de Alzheimer"
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Marli Miguel Savietto
Infelizmente ainda hoje, percebemos o quanto os familiares evitam aceitar a doença de Alzheimer. Por isto precisamos de textos com linguagem fácil porem esclarecedora.
CUIDADOS PELA VIDA
Oi Marli, realmente ainda existem muitas dúvidas sobra o assunto, o ideal é sempre conversar com um médico sobre a doença e os cuidados necessários. Temos outras matéria sobre o assunto em https://cuidadospelavida.com.br/busca/Alzheimer. Abraços.
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Renato Vanderlei da Silva
Bom Dia Dra.Thaisa. Minha idade é 68 anos. trabalho em um hotel fazenda em Serra Negra ( Vale do Sol ) o que estou sentindo é esquecimento. E uma coisa estranha começa um arrepio pelas pernas, e acaba chegando até na região do pescoço, prejudicando até minha fala. Se puder me dar um esclarecimento, ficarei muito grato.
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Paulo duran
Minha maezinha se foi faz 20 dias, ela me confundia com sobrinho, uma mulher, uma senhora, me chamava de mamae. ME dizia que me procurava dentro de casa e nao me achava. vivia 24 hs pra cuidar dela e mtas vezes ela nem sabia que eu estava la. Mas era incrivel momentos de lucidez total!!! Nao entendo essa doenca maldita, que leva nossos amores aos poucos, em vida
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