Embora não exista uma estimativa de quantas pessoas são atingidas pela fibrose pulmonar no Brasil, segundo a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), estudos realizados no exterior apontam que a cada 100 mil pessoas, entre 10 e 20 são afetadas pela doença. Quer saber mais sobre o que é esse problema, quais são seus sintomas e como é o tratamento? Continue lendo esta matéria!
Doença atrapalha trocas gasosas e causa alterações no pulmão
A fibrose pulmonar é uma doença crônica que afeta o tecido intersticial, ou seja, a região entre os alvéolos pulmonares. “A fibrose compromete o interstício do pulmão, muito importante para as trocas gasosas. Quando se instala, a doença faz com que esse tecido engrosse, tornando o pulmão menos elástico. Se o interstício está grosso, espesso, a troca gasosa vai ser prejudicada”, afirma o pneumologista José Eduardo Martinelli.
Embora as causas ainda estejam sendo estudadas, sabe-se que ser homem, fumar, ter mais de 50 anos e se expor com frequência a certas substâncias, como mofo e sílica, são fatores que aumentam a chance de desenvolver fibrose pulmonar.
Fibrose pulmonar provoca falta de ar
Dr. Martinelli esclarece quais são os principais sintomas da doença: “O sintoma mais importante é a falta de ar, que surge com mínimos esforços, como ao tomar banho, subir uma escada de três degraus, e piora progressivamente. Existem ainda outros sintomas, como tosse e chiado no peito, mas são sintomas secundários”.
Já o tratamento da fibrose pulmonar é feito com o uso de alguns medicamentos. É o caso de corticosteroides e imunossupressores. Outras medidas também podem ser incluídas, como fisioterapia respiratória. Em certos casos, a suplementação de oxigênio também pode ser considerada. No entanto, vale lembrar que a doença não tem cura e o tratamento visa a estabilidade do quadro de saúde do paciente.
Dados da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT): https://sbpt.org.br/portal/publico-geral/doencas/fibrose-pulmonar-idiopatica/