De acordo com a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), estudos científicos internacionais apontam que a fibrose pulmonar atinge entre 10 a 20 pessoas, em um universo de 100 mil indivíduos. A doença consiste na inflamação do tecido alveolar, que realiza as trocas gasosas do corpo, mas acaba sendo substituído por um tecido de cicatrização, conhecido como fibrose.
O problema ataca os alvéolos pulmonares, responsáveis pelas trocas de gases, e se manifesta sob a forma de tosse seca e dificuldade para respirar. “Em longo prazo, esses sintomas podem se intensificar, com baixa oxigenação no sangue e piora importante da falta de ar, em alguns casos aos mínimos esforços e até mesmo no repouso” alerta o pneumologista Rodrigo Athanazio.
Sem cura para casos avançados
Segundo o médico, em casos avançados, ainda não há uma cura para a doença porque a lesão é irreversível. Entretanto, se o problema for diagnosticado antes que a fibrose se estabeleça, torna-se possível combater a causa da inflamação do tecido. Desta forma, a doença não avança e o paciente mantém sua saúde num nível estável.
“As áreas de inflamação aguda são tratadas com drogas anti-inflamatórias, que incluem os corticoides. Existem alguns remédios que podem melhorar a tosse e se o paciente estiver com oxigenação baixa, devemos prescrever oxigenoterapia domiciliar”, afirma Athanazio. Para prevenir o surgimento da fibrose pulmonar, ele recomenda evitar o tabagismo e a exposição a mofo e substâncias químicas presentes em algumas indústrias.
O pneumologista ainda diz ser importante diferenciar a doença de outro problema pulmonar: “A fibrose cística se caracteriza por uma alteração genética em que o corpo produz uma secreção pulmonar (muco) mais espessa e pode levar a uma infecção respiratória de repetição e dilatação dos brônquios.”