O zika é um vírus que pode ser transmitido pelo mosquito Aedes aegypti e foi identificado no Brasil pela primeira vez em abril de 2015. Segundo o infectologista e especialista em Medicina Tropical Cassius Clay, já foi confirmada a relação entre a infecção causada pelo vírus e as más formações congênitas durante a gravidez, como a microcefalia, o que direcionou a atenção dos serviços de saúde às gestantes.
Usar repelentes e roupas compridas ajuda a evitar infecção do vírus Zika
Para essas mulheres, foram elaboradas algumas estratégias para evitar a picada do mosquito e, consequentemente, a transmissão do Zika e a disseminação desse tipo de malformação, como cita o médico: “Utilizar telas em janelas e portas, usar roupas compridas – calças e blusas – e, se vestir roupas que deixem áreas do corpo expostas, aplique repelente nessas áreas”. Outra forma de proteção é permanecer, de preferência, em locais com telas de proteção, mosquiteiros ou outras barreiras disponíveis.
Além disso, antes da chegada da época das chuvas, é fundamental verificar todos os cantos da casa e eliminar qualquer local capaz de acumular água, mesmo que em poucas quantidades. O mosquito transmissor do vírus coloca seus ovos em focos de água parada, como piscinas, baldes, calhas, vasos de planta, caixas d’água e potes de comida de cães e gatos. Cuidado também com o lixo, que deve ser descartado em sacos bem fechados.
Gestantes devem se consultar com médico frequentemente
É importante que as gestantes busquem unidades de saúde para iniciar o pré-natal assim que a gravidez for descoberta. “Submeter-se à imunização adequada e frequentar consultas uma vez por mês até a 28ª semana de gravidez, a cada 15 dias entre a 28ª e a 36ª semana e semanalmente do início da 36ª semana até o nascimento do bebê” são outras atitudes recomendadas por Clay.
Cerca de 80% das pessoas infectadas pelo vírus Zika não desenvolvem manifestações clínicas, segundo o especialista, mas se perceber sinais ou sintomas, não deixe de procurar auxílio médico. “Os principais sintomas são dor de cabeça, febre baixa, dores leves nas articulações, manchas vermelhas na pele, coceira e vermelhidão nos olhos. Outros sintomas menos frequentes são inchaço no corpo, dor de garganta, tosse e vômito”, afirma o infectologista.
Foto: Arteida MjESHTRI/Unsplash