O paciente com Alzheimer ainda em estágios iniciais pode ter autonomia em algumas coisas específicas, como andar sozinho pela casa e fazer suas tarefas rotineiras. Porém, mesmo no início do quadro, ele já pode sofrer com perda de memória recente, o que pode comprometer tais atividades e até mesmo pôr em risco sua integridade física. Por isso, é importante que, após o diagnóstico, o tratamento adequado seja imediatamente iniciado.
Sinais iniciais do quadro de Alzheimer
“Os primeiros sinais de Alzheimer são variáveis, mas podem incluir esquecimento recorrente de fatos recentes, perda de habilidades que antes eram dominadas pelo paciente, dificuldade de organizar as próprias atividades cotidianas, redução da capacidade de interagir socialmente, dentre outros”, informa o geriatra Ricardo Komatsu.
Segundo o especialista, o paciente com Alzheimer deve ter acompanhamento médico periódico, tanto para que seja possível retardar a progressão da doença, por meio de medicamentos e mudanças no estilo de vida, quanto para que seja praticado o adequado controle dos demais riscos à saúde. O apoio de familiares e cuidadores é fundamental para que o processo tenha êxito.
Principais medidas de tratamento
“O diagnóstico em tempo adequado é fundamental, além da instituição de terapêutica não farmacológica, como estimulação cognitiva, manutenção de atividades sociais, familiares, alimentação balanceada, sono adequado, atividade física regular e programada, e controle de possíveis doenças coexistentes (hipertensão, diabetes, hipercolesterolemia, depressão, etc.). Tudo isso atrelado ao tratamento farmacológico”, explica o médico.
É importante ressaltar que o Alzheimer é uma doença crônica e progressiva que afeta o sistema nervoso central, ainda sem cura. O tratamento farmacológico tem o objetivo de tentar oferecer mais qualidade de vida aos pacientes. Quanto mais precocemente o diagnóstico for realizado, maiores as chances de retardar a progressão da doença.
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