O principal sintoma do vírus do herpes são as lesões que aparecem em locais variados do corpo do paciente (especialmente lábios e região genital), causando incômodo, dor e coceira. Porém, a doença pode provocar outras sintomas, como dor de garganta e febre, assim que ocorre o primeiro contato do paciente com o vírus.
“Um paciente com herpes pode ter febre logo após a primeira crise. Isso acontece pois se trata da primo-infecção herpética, ou seja, a primeira vez que o paciente tem contato com o vírus. Nesse momento, são comuns as manifestações sistêmicas, além das lesões locais”, informa a dermatologista Cinthya Basaglia.
Novas crises do herpes podem surgir com sintomas mais brandos
“Um quadro de herpes cursa com muitas lesões na mucosa oral, caracterizada por gengivoestomatite herpética. Este quadro normalmente ocorre no primeiro contato com o vírus e pode gerar recusa alimentar pela dor, salivação excessiva e febre. Surgem lesões após 24 a 48 horas. A mucosa oral e a gengiva tornam-se eritematoedematosas, formando vesículas que se rompem, surgindo erosões”, explica Cinthya.
Após a primeira crise, é raro a febre voltar a acompanhar as lesões do herpes quando estas retornam. As crises posteriores costumam ser marcadas, além das lesões, por sintomas mais brandos, como formigamento e coceira. Também podem surgir pequenas bolhas. Diferente da febre, estes sinais podem surgir em qualquer momento, basta a imunidade ceder.
Tratamento do herpes envolve o uso de medicamentos com lisina
Para controlar as crises de herpes, evitando seus diversos sintomas, é necessário estar constantemente engajado ao tratamento. Apesar da doença não ter cura, os cuidados indicados pelo médico ajudam a tornar a vida do paciente melhor, mesmo com o vírus no corpo. O uso de medicamentos é essencial, especialmente aqueles ricos em lisina, aminoácido importante para reduzir o poder de replicação do vírus do herpes, resultando em menos crises, com menor duração em cada uma.
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