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Tratamento para esquizofrenia ajuda morador de Goiânia a se livrar da paranoia

Cuidados e Bem-estar
Transtornos

Por Dra. Luciana Cristina Gulelmo Staut

19 de outubro de 2023

A esquizofrenia é uma doença psiquiátrica que tem como um dos principais sintomas a presença de alucinações auditivas e visuais. Os pacientes em crise ouvem vozes que não estão lá, podem ver pessoas que não existem, sentir medos inexplicáveis e uma sensação de que estão sendo perseguidos ou monitorados a todo momento, também conhecida como paranoia.

Medicamentos antipsicóticos são utilizados no tratamento da esquizofrenia


Nilo C., de 45 anos, foi diagnosticado com esquizofrenia há cerca de uma década. “Tenho um quadro de ideias persecutórias, de situações em que me torno vítima, que se agravou aos 35 anos de idade”, afirma o morador da cidade de Goiânia, em Goiás.

O distúrbio atingiu níveis preocupantes e o impedia de ir ao banco, de estudar e até de comer. Sua produção no trabalho caiu drasticamente. Nilo decidiu, então, procurar o auxílio de um médico para uma avaliação e, depois, fazer o tratamento necessário. Começou a utilizar medicações antipsicóticas, que geralmente são indicadas para casos de esquizofrenia, e os resultados logo apareceram.

Psicoterapia e hábitos saudáveis ajudam a controlar sintomas da esquizofrenia


“Eu me tornei mais sensível. Antes,
era violento e dava gargalhadas sarcásticas. O remédio reprimiu este tipo de situação e me refez totalmente”, conta o goianiense. Apesar de ainda não ter voltado ao trabalho para evitar situações de pressão que possam piorar a doença, Nilo convive bem com outras pessoas e até atua como voluntário na igreja que frequenta.
Além da medicação, o tratamento da esquizofrenia também envolve sessões de terapia e a adoção de hábitos que melhorem a qualidade de vida geral do paciente.
“O tratamento não farmacológico consiste em atividades terapêuticas, como psicoterapia, atividades ocupacionais, exercícios físicos e participação em grupos terapêuticos”, afirma a psiquiatra Luciana Staut. Nilo, por exemplo, faz terapia com psicólogos há mais de 20 anos e acredita que isso é fundamental em seu tratamento.

Dra. Luciana Cristina Gulelmo Staut é psiquiatra, formada pela Universidade Federal de Mato Grosso, membro da Associação Brasileira de Psiquiatria e atende em Cuiabá (MT). CRM-MT: 6734

Foto: Shutterstock

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