O Transtorno Bipolar (TB) é uma condição psiquiátrica caracterizada por alterações graves de humor, que envolvem períodos de humor elevado (mania ou hipomania) e de depressão (polos opostos da experiência afetiva) intercalados por períodos de remissão, e associados a sintomas cognitivos, físicos e comportamentais específicos.
A mania pode cursar com euforia, agitação, aumento de energia e sensação de grandeza, enquanto a depressão cursa com tristeza, apatia, prostração, falta de prazer, dentre outros sintomas. A duração dessas fases varia de acordo com as condições de cada caso.
“Na fase de mania, os sintomas geralmente surgem subitamente e evoluem rápido, ao longo de poucos dias. Após instalada, a duração dessa fase pode variar de caso a caso, sendo que um episódio maníaco não tratado pode durar de algumas semanas a cerca de 3 a 4 meses”, informa o psiquiatra Leonardo Fabrício Gomes.
Ainda segundo o especialista, a hipomania tem algumas pequenas diferenças. O início também se dá de forma súbita, progredindo rapidamente, mas a duração geralmente é mais curta que a mania.
Já a fase de depressão tende a ser mais longa, com duração, geralmente, superior à da mania e hipomania. “A depressão no transtorno bipolar tem, frequentemente, duração de vários meses, sendo que um episódio depressivo não tratado pode durar de 6 a 13 meses. Pode surgir subitamente ou evoluir lentamente ao longo de semanas a meses”, afirma o psiquiatra.
Tratamento ajuda a diminuir duração das fases do transtorno bipolar
A gravidade do quadro e a falta de tratamento durante as fases influenciam diretamente em sua duração. Por isso, a adesão ao tratamento e às medidas de controle dos sintomas deve ser rápida. “O manejo adequado dos sintomas permite melhor controle dos episódios de humor, possibilitando reduzir suas durações e, consequentemente, o sofrimento tanto do paciente quanto de seus familiares”, completa Gomes.
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Referência bibliográfica:
Bosaipo NB, Borges VF, Juruena MF. Transtorno Bipolar: uma revisão dos aspectos conceituais e clínicos. Medicina (Ribeirão Preto, Online.) 2017;50(Supl. 1),jan-fev.:72-84.