A COVID-19 é o nome dado à doença causada pelo novo coronavírus. Trata-se de uma manifestação clínica que pode variar desde um quadro sem nenhum sintoma até uma infecção respiratória grave. Um dos sintomas mais frequentes é a falta de ar: segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), aproximadamente 20% das pessoas infectadas pelo vírus apresentam sérios problemas respiratórios, precisando de ventilação mecânica para conseguir respirar. Será que outras doenças que causam falta de ar, como asma e bronquite, podem ser confundidas com o novo coronavírus?
Como diferenciar a falta de ar causada pelo novo coronavírus?
De acordo com o pneumologista José Eduardo Martinelli, a falta de ar por si só não caracteriza uma infecção do novo coronavírus, já que uma infecção respiratória bacteriana e até mesmo o uso incorreto da medicação de controle da asma e da bronquite podem desencadear um broncoespasmo acompanhado de insuficiência respiratória.
É preciso, portanto, prestar atenção aos outros sintomas causados pela COVID-19. Além da febre e falta de ar, um paciente infectado pelo novo coronavírus apresenta também tosse, coriza e dor de garganta, segundo o Ministério da Saúde. Alguns pacientes também se queixam de pressão no peito.
“Em função do pânico em relação à epidemia, os pacientes já portadores de doença pulmonar prévia podem pensar que estão infectados com a COVID-19 se houver alguma descompensação respiratória no seu quadro. Mas, é importante se atentar para o fato de que, nesses casos, a falta de ar não é acompanhada de febre, mas o vírus causa um quadro inicial de muita febre”, esclarece o especialista.
A COVID-19 pode ser confundida com H1N1?
“No período de outono e inverno, podem surgir ainda outros problemas, como a gripe decorrente da influenza ou até uma pneumonia bacteriana. Nesses casos, pode haver um quadro de febre associado, mas essa febre demonstra que há outro componente infeccioso. No momento atual, a influenza H1N1 e a COVID-19 podem ser confundidas e o paciente tem que procurar assistência médica para que se faça o diagnóstico diferencial, já que os tratamentos também variam”, alerta o médico.
Vale lembrar que pessoas que já possuem doenças pulmonares crônicas podem ter quadros mais graves de COVID-19. Por isso, é fundamental seguir as medidas recomendadas de proteção, como lavar sempre as mãos com água e sabão, usar álcool em gel 70%, não tocar olhos, nariz e boca com as mãos sujas, ficar em casa sempre que possível e, se precisar sair, usar máscaras de proteção.
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS): https://www.who.int/docs/default-source/coronaviruse/situation-reports/20200301-sitrep-41-covid-19.pdf?sfvrsn=6768306d_2
https://www.who.int/docs/default-source/coronaviruse/situation-reports/20200306-sitrep-46-covid-19.pdf?sfvrsn=96b04adf_4
Dados do Ministério da Saúde: https://coronavirus.saude.gov.br/sobre-a-doenca#sintomas