Quando um bebê nasce, é muito comum e, de certa forma, até esperado que os parentes mais próximos se dirijam à maternidade ou à casa dos pais para conhecer o mais novo membro da família. No entanto, quem tem herpes precisa tomar alguns cuidados para evitar transmitir o vírus e seus sintomas ao recém-nascido.
O herpes simples é uma infecção viral que provoca ardência, coceira e, eventualmente, a erupção de feridas com bolhas na região dos lábios ou nos órgãos genitais. Sua principal forma de transmissão é o contato da pele com as feridas ativas. “A pessoa com herpes precisa evitar o beijo no recém-nascido, principalmente quando estiver com a lesão bolhosa na boca”, afirma a dermatologista Kaliandra Cainelli.
Herpes pode ser mais grave em bebês
Apesar de causar dor e ser visualmente incômoda, a infecção dificilmente representa uma ameaça à saúde de adultos, idosos e adolescentes. O mesmo não pode ser dito sobre os recém-nascidos, já que os bebês ainda não têm o sistema imunológico completamente preparado para combater esse e outros vírus.
Nas crianças com apenas dias ou semanas de vida, o chamado período neonatal, o herpes se manifesta de forma mais agressiva e pode afetar o sistema nervoso central por causa do despreparo do sistema imunológico para lidar com infecções.
Lisina ajuda a diminuir crises de herpes
Ainda que a transmissão do vírus seja extremamente facilitada na presença de feridas ativas, a transmissão pode acontecer até mesmo em sua ausência, por isso, é importante que o paciente tome cuidado na hora de interagir com bebês recém nascidos. Fazer o tratamento do herpes e reforçar a lisina na alimentação (ou por suplementos, caso não seja possível obtê-la na alimentação), são boas maneiras de manter a replicação do vírus baixa e, portanto, reduzir a frequência e intensidade das crises.
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