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    Quem tem esquizofrenia pode ter dificuldade para namorar?

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    Em geral, relações amorosas costumam ser complicadas pelo simples fato de envolverem pessoas diferentes, com pensamentos e gostos muitas vezes conflitantes. Quando em um vínculo afetivo deste tipo está envolvido um elemento como a esquizofrenia, a tendência é que a complicação seja ainda maior. Afinal, o transtorno distorce o julgamento do paciente sobre o que é real.
    “A esquizofrenia é um transtorno grave cujos sintomas dificultam todos os tipos de relacionamento interpessoal, incluindo relações amorosas. Isto pode acontecer tanto pelos sintomas chamados positivos (delírios, alucinações, desorganização do comportamento) quanto por aqueles chamados negativos (embotamento afetivo, apatia, falta de vontade de fazer as coisas, pobreza de discurso)”, explica a psiquiatra Erika Mendonça.

    Dificuldades na associação entre relação amorosa e esquizofrenia


    Além de dificultarem um romance envolvendo um esquizofrênico, esses sintomas (especialmente a dificuldade de interação social, que é um sinal clássico do transtorno) fazem com que ele mesmo não tenha interesse e vontade de cultivar esse tipo de laço. Inclusive,
    alguns remédios para tratar a esquizofrenia diminuem o desejo sexual tanto em homens quanto em mulheres.
    Há ainda outros complicadores, como o risco de aproximações que visam se aproveitar da condição do paciente por interesse e o preconceito com quem possui esquizofrenia. “Vale a pena ressaltar que os portadores de esquizofrenia são frequentemente vítimas de discriminação, pois acredita-se que sejam pessoas violentas, o que não é verdade”.

    Tratamento bem feito pode permitir relação amorosa envolvendo esquizofrênico


    Mesmo assim, a médica afirma que existe uma pequena possibilidade de uma pessoa com esquizofrenia se envolver em um relacionamento amoroso. Para isso, é preciso que os sintomas sejam amenizados significativamente pelo tratamento. “
    O tratamento pode reduzir bastante os sintomas, melhorando o relacionamento interpessoal e possibilitando uma relação amorosa”.
    Dra. Erika Mendonça de Morais é psiquiatra formada pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e atua em São Paulo. CRM-SP: 124933
    Foto: Shutterstock

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