O herpes é uma infecção viral que não tem cura e que causa, em geral, lesões semelhantes a espinhas e que podem gerar desconforto. A condição é causada por duas variações do mesmo vírus, HSV-1 e HSV-2, e costuma atingir diversas áreas do corpo. Mas, quais áreas são mais comuns? Conversamos com a dermatologista Cinthya Basaglia sobre o assunto.
Sintomas atingem locais diferentes conforme a variação do vírus
“Os locais mais comuns de aparecimento do herpes simples são os lábios e a área genital”, conta Dra. Cinthya. O HSV-1, ou herpes tipo 1, geralmente atinge a área labial e o HSV-2, ou herpes tipo 2, é mais comum na região genital. Há ainda o herpes zóster, que pode ocorrer em outras áreas do corpo, como olhos, tórax, braços e pernas.
De acordo com a médica, a transmissão do vírus é feita, em geral, pelo contato com a área onde as feridas se manifestam. “As lesões podem aparecer em qualquer parte do corpo, mas a transmissão do vírus do herpes labial geralmente se dá pela boca. O paciente pode ter uma ferida, entra em contato pelo beijo ou saliva, o vírus penetra e procura um nervo onde se aloja e fica latente até provocar uma infecção. O herpes genital é transmitido via sexual e pode aparecer nas nádegas ou região perineal”, afirma a dermatologista.
Entretanto, a maioria das pessoas tem o vírus e não sabe, já que não é afetada por sintomas. De fato, cerca de 90% da população brasileira tem herpes. Deste número, metade não sabe que é portador do vírus. Vários fatores podem desencadear uma primeira crise, como o estresse, a baixa imunidade, estado febril ou até mesmo a TPM.
É possível se prevenir do vírus do herpes?
A prevenção ao contágio é feita evitando o contato íntimo com as lesões. Os objetos pessoais também não devem ser compartilhados. O risco de contaminação é maior ainda se as lesões estão abertas e expostas. O ideal é não partilhar toalhas, roupas e escova de dentes e, no caso do HSV-2, usar preservativos nas relações sexuais é fundamental.