Viagens de avião, assim como em outros transportes, podem trazer complicações àqueles que sofrem de varizes, especialmente se o trajeto for longo. Permanecer horas seguidas sem se movimentar (principalmente a região inferior do corpo, com as pernas comprimidas sobre o assento, pode fazer com que o passageiro desenvolva trombose.
Risco de trombose vem da diminuição da velocidade da circulação sanguínea
“A viagem de avião, principalmente na classe econômica, pode causar trombose. Após oito horas de voo, se o passageiro não se movimentar (andar), aumenta muito o risco de trombose pela estase venosa, ou seja, pela circulação lenta e a pressão muito grande nas pernas”, informa o angiologista Ricardo Nobili.
O médico explica que, ao andar, os músculos da panturrilha trabalham como uma bomba empurrando o sangue. Nas viagens em que o passageiro fica longos períodos com as pernas paradas e pendentes, esse mecanismo não funciona, o que acarreta na diminuição da velocidade da circulação, ou seja, na estase venosa.
Medidas a serem adotadas dentro do avião por passageiros com varizes
Dentro do avião, o passageiro com varizes deve procurar caminhar pelo corredor sempre que possível; movimentar joelho, panturrilha, tornozelo e dedos dos pés; ingerir bastante líquido; evitar roupas e meias apertadas (não confundir com meias compressivas, que são designadas para isso e que auxiliam no tratamento das varizes); e não sentar sobre as pernas ou cruzá-las. É indicado consultar sempre antes de viajar um médico especialista para que ele possa orientar devidamente as medidas a serem adotadas.
Portanto, o que define se um passageiro com varizes está apto a viajar de avião não é necessariamente a quantidade de horas, mas sim o seu comportamento dentro do transporte. Ficar parado o tempo todo não é recomendado. Por isso, mesmo se você estiver em um assento que não permita que você viaje deitado, é importante e, em geral, permitido pela tripulação, levantar algumas vezes, para evitar riscos nas circulação.
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