As varizes são veias dilatadas e tortuosas que surgem geralmente nas pernas e provocam dor e inchaço. A presença delas é um fator de risco para o desenvolvimento de trombose, mas principalmente de tromboflebite. Enquanto a tromboflebite é o acúmulo de sangue nas veias mais próximas à pele, a trombose é mais grave, porque surge nas veias dentro dos músculos.
Falta de mobilidade em viagens
Viagens de avião, assim como qualquer outro tipo de viagem, podem causar o surgimento de uma trombose ou tromboflebite, devido à compressão prolongada das veias contra o assento do avião, do carro ou do ônibus. “O desenvolvimento da trombose ocorre por causa da imobilidade prolongada, quando a pessoa permanece sentada por muitas horas, principalmente em uma mesma posição”, alerta o angiologista João Henrique Fabel.
Como consequência, o sangue circula lentamente, o que facilita a formação de coágulos. Isso geralmente ocorre em viagens com mais de cinco horas de duração. A obesidade, a idade avançada, a presença de um câncer, o histórico familiar e a presença prévia de trombose contribuem para o desenvolvimento da doença.
De olho nos riscos
Quem tem trombose deve ficar atento para o agravamento do problema. “O principal risco é a chamada embolia pulmonar, definida como uma obstrução das artérias dos pulmões por coágulos que se desprendem das veias com trombose”, afirma Fabel. Se não tratada ou diagnosticada adequadamente, pode levar a alterações no organismo pela falta de oxigenação e até causar a morte.
O risco de desenvolver trombose e tromboflebite em viagens pode ser reduzido com medidas simples. Para facilitar a circulação sanguínea, movimente-se na poltrona e evite ficar de pernas cruzadas. Faça exercícios com a perna, com movimentos de extensão, rotação e flexão. Além disso, beba água, não use roupas apertadas e evite ingerir bebidas alcoólicas.