O infarto ou ataque cardíaco pode acontecer em diferentes intensidades, o que significa que o seu impacto também tende a se manifestar de maneiras distintas em cada circunstância. Segundo a cardiologista Bruna Baptistini, o impacto de um infarto no músculo do coração varia conforme idade, sexo, outras doenças associadas e grau de obstrução das artérias do coração.
“Pode-se ter infartos silenciosos e que não geram lesões no músculo cardíaco ou, em contrapartida, comprometimentos graves com deterioração e perda de função do músculo”, aponta a médica. De todo modo, o infarto e as doenças cardiovasculares em geral são as principais causas de morte no mundo todo, então é preciso ter muita atenção, mesmo no caso de infartos de grau menor.
Doenças e infartos prévios aumentam risco de novo ataque cardíaco
A médica explica que o comprometimento do músculo do coração e de sua função está relacionado às doenças prévias do paciente e ao grau de obstrução das artérias coronárias. “Pacientes previamente hipertensos, diabéticos, dislipidêmicos e tabagistas costumam evoluir com obstruções mais importantes dos vasos sanguíneos e, consequentemente, geram maior comprometimento orgânico”.
Além disso, a cardiologista informa que pacientes que já tiveram episódio de infarto são considerados de maior risco, porque eles geralmente apresentam obstruções residuais em outros vasos sanguíneos. “Mas se o tratamento for rigorosamente respeitado, as chances de um novo evento são menores”, completa Bruna.
Tratamento contra infartos
O tratamento de um paciente que já sofreu infarto é multifatorial. Engloba cessação do tabagismo, prática de atividade física, controle rigoroso da pressão arterial e da glicose no sangue, perda de peso e hábitos alimentares adequados. “Concomitantemente, o uso de medicações está sempre indicado, sendo individualizado para cada caso”, conclui a cardiologista.
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