Uma das principais e piores consequências da hipertensão e do diabetes descontrolados é o infarto do miocárdio. O problema ocorre quando uma placa de gordura acumulada na corrente sanguínea se desprende e provoca a formação de um coágulo que atrapalha o fluxo de sangue e é capaz de levar à morte.
O infarto nas mulheres
O infarto pode ser diferente de acordo com o sexo. No sexo feminino, o infarto costuma ocorrer cerca de 10 anos depois dos homens, após os 55 anos, período que corresponde à menopausa. A dor no peito é apontada como um dos principais sintomas, mas algumas mulheres podem não apresentá-la. Outros sintomas são dores no estômago, náuseas e vômitos, falta de ar, tontura e suor frio.
Os sintomas do infarto podem causar confusão, uma vez que são semelhantes aos de outras doenças, o que ajuda a ocasionar um número maior de óbitos entre as mulheres. “Nelas, a caracterização dos sintomas é mais difícil. Além disso, 63% das mulheres que morrem de infarto não apresentam sintomas prévios”, afirma o cardiologista Celso Amodeo. A ausência de sintomas se deve à proteção do estrogênio, hormônio que ameniza a sensação de dor.
Maior risco na menopausa
A comunidade científica acredita que a queda na produção de estrogênio a partir da menopausa é uma das causas para o maior risco cardiovascular nas mulheres. Com quantidades menores do hormônio no corpo, que atua na regulação de gordura, o nível de colesterol ruim sobe e torna mais propícia a ocorrência de um infarto.
Já Celso Amodeo defende que os sintomas sejam valorizados para diminuir o índice de casos fatais: “Queixas subjetivas em mulheres obesas, diabéticas, com fatores de risco, como colesterol elevado e hipertensão arterial, e com histórico familiar de doenças no coração devem ser investigados completamente.”