Praticar atividades físicas é uma das medidas indicadas pelos médicos durante o tratamento da hipertensão arterial. A verdade é que os exercícios fazem bem até mesmo para quem não tem a doença, mas nos hipertensos, fazer uma caminhada ou natação com frequência é fundamental para estabilizar a pressão e evitar as complicações típicas do problema, como um infarto.
Sedentarismo dificulta tratamento da hipertensão
“A atividade física melhora a circulação sanguínea e a elasticidade dos vasos. Também tem um importante efeito sobre a regulação de sal e água pelo rim e sobre os hormônios, o que contribui com a melhora dos níveis de pressão arterial”, afirma a cardiologista Ana Catarina de Medeiros Periotto, que diz ainda que o efeito dos exercícios pode durar até 16 horas.
Sem as atividades físicas, seu tratamento fica mais difícil. O sedentarismo, que segundo a profissional é tão ruim quanto o hábito de fumar, faz o peso corporal aumentar, além de diminuir o metabolismo e elevar o risco de complicações. Portanto, deixe a preguiça de lado e comece a se movimentar. Não se esqueça de seguir as outras medidas indicadas por seu médico, que também são essenciais para controlar a pressão arterial, como tomar a medicação e ter uma alimentação mais saudável.
Quais são as atividades físicas mais indicadas para pessoas hipertensas?
Você pode se dedicar à prática de qualquer atividade, desde dança e pilates a corridas, mas existem alguns exercícios mais indicados para pacientes com hipertensão. “Os exercícios aeróbicos, que aceleram a frequência cardíaca e a respiração, têm um impacto de maior benefício sobre a pressão arterial, mas é possível fazer musculação com cargas leves e moderadas”, afirma a médica.
Por outro lado, você deve evitar a musculação com cargas elevadas, como levantamento de peso, e exercícios de resistência muscular, porque há o risco de elevar os níveis da pressão e aumentar em excesso o músculo do coração. “É possível para um hipertenso participar até de atividades de competição, como futebol e maratonas, desde que a pressão esteja controlada e que os níveis se mantenham controlados durante o exercício”, alerta Ana Catarina. Na dúvida, não deixe de se consultar com um cardiologista antes de qualquer prática.
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