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Quais sinais indicam progresso no tratamento do autismo?

Cuidados e Bem-estar
Saúde Infantil

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19 de outubro de 2023

Saber que o tratamento de um transtorno mental está funcionando e está melhorando a qualidade de vida é sempre um estímulo para que o paciente siga em frente com as medidas propostas. No entanto, existem diferentes níveis no autismo, o que acaba tornando mais difícil medir o progresso do tratamento. Segundo o psiquiatra Marcelo Calcagno Reinhardt, é preciso analisar cada um desses níveis.

 

Vida social ativa indica que o tratamento do autismo vai bem

 

Para casos mais leves, o progresso pode ser visto quando o paciente consegue “seguir estudando, se formar e ter seu próprio sustento quando adulto, além de ter uma vida social, mesmo que reduzida”, explica o médico. Já nos casos mais graves, a melhora no autismo é vista quando não há autoagressão ou agitação psicomotora e quando a criança é capaz de ter algum contato social e frequentar uma escola regular.
Quando o transtorno está sob controle, cada autista costuma reagir de uma maneira própria. Entretanto, existem algumas metas gerais. “O objetivo sempre é que o paciente tenha a capacidade de conviver com os demais, mesmo que com limitações, e que as pessoas aprendam igualmente a conviver com o autismo, com respeito e sem preconceito”, cita o psiquiatra.

 

Tratamento do autismo tem como objetivo dar autonomia ao paciente

 

Além disso, segundo Reinhardt, espera-se também que o autista possa desenvolver sua autonomia, suas capacidades de cuidados básicos de higiene e que consiga ter um bom desempenho na aprendizagem, dentro dos seus níveis de possibilidades. O tratamento visa ainda, em geral, em casos mais leves, que o paciente consiga se autogerir.
Quando esses objetivos são atingidos, o tratamento do autismo poderá mudar. “Em geral, o médico acompanha se há necessidade de medicação. Se não há essa necessidade, o tratamento pode ser encerrado, mas o paciente pode precisar seguir com a psicoterapia, feita com seu psiquiatra ou com psicólogo, e pode continuar precisando de outros tratamentos, com pedagogo, fonoaudiólogo e terapeuta ocupacional, por exemplo”, explica o profissional.

 

Dr. Marcelo Calcagno Reinhardt é psiquiatra e formado em Medicina pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). CRM-SC: 10573
Foto: Shutterstock

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